segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Causos - A banda
Já falei a vocês que eu tinha uma banda?
Pois é... eu e mais alguns amigos de colégio tínhamos este projeto, que nem lembro bem quando começou, foi por volta de 2006, mas lembro exatamente como começou: um amigo meu, o Márcio, chegou em minha casa numa manhã de sábado, junto com o @lautenay, e me disse que tinha um projeto, e para que eu não sorrisse da cara dele: uma banda...
O engraçado é que eu fui o último a tomar conhecimento, não sei por quê. Mas enfim, o recado estava dado, o convite estava feito, aceitei. Daí você pensa que no outro dia já marcamos um ensaio e tal e coisa, não é? Mas quem disse que nós tínhamos instrumentos? É isso, não tínhamos nem mesmo instrumentos...
O primeiro passo foi definir quem tocaria o quê: eu preferi a guitarra, o Márcio, os vocais, o Lautenay, a bateria, e o Jackston, o outro integrante, o baixo. Também escolhemos um nome, depois de algumas sugestões, ficou "Rock Sem Títulos". Ficamos assim, virtualmente uma banda, mas praticamente, apenas 4 caras sem porra nenhuma.
O Márcio tinha afinidade com as letras, começou a escrever por influência de um amigo nosso, o Hélio, que é poeta, e eu também comecei a me arriscar nos versos por influência dos dois , apesar de já ter escrito um ou dois poemas antes desse projeto de banda. As letras do começo, obviamente, eram muito toscas, tipo, MUITO, mas com o tempo as coisas melhoraram, digo, as letras, porque instrumentos ainda não tínhamos.
Passamos um longo tempo apenas discutindo o projeto, fazendo letras, jogando videogame, mas nada realmente prático, até que em 2008 eu e o Jackston entramos no curso de violão da Central de Artesanato, junto com a entrada no curso, comprei meu primeiro violão, preto, barato, e de qualidade duvidosa, mas servia pra começar.
As primeiras músicas que aprendi a tocar foram "Asa Branca" e "O Cravo Brigou com a Rosa", mas eu explico: é que no começo eu só sabia tocar músicas nota por nota, ou seja, seguindo partitura, e não por cifras, e as partituras já estavam na apostila. Mas confesso que era meio embaraçoso tocar "O Cravo Brigou com a Rosa"...
Depois de alguns meses, eu já tocava razoavelmente mal, já dava pra sair alguns rocks e algumas músicas das quais eu gostava, infelizmente não pude tocar a música que prometi ser a primeira que eu tocaria: Electrical Storm, do U2, ela tinha pestanas e era difícil de ser tocada por um iniciante. Para quem não sabe, pestana é um tipo de acorde onde a pessoa tem de colocar todo o dedo indicador numa casa do violão, e é muito complicado para quem está começando.
Enfim, a banda seguia, agora com 3 instrumentos, pois o Márcio também havia comprado um violão, e estava indo tudo razoavelmente mal, até que eu viajei pro Maranhão pra passar as férias e deixei meu violão aqui. E num belo dia acordei com a notícia de que ladrões haviam invadido minha casa, levaram dvd, um secador de cabelos, meu violão e, bizonhamente, o controle da tv, SEM A TV!
Fiquei triste pelo roubo, mas enfim, o violão não era tão bom, foi um pouco daquela sensação que as pessoas com celular paia tem ao serem roubadas: "Ah, mas era ruim mesmo essa porra!". Mas eu queria de recordação, afinal era o primeiro, o que ensinou e tal. Porém, foi roubado, águas passadas...
O bom é que minhas duas avós disseram que me dariam um novo, e que quando eu chegasse em Teresina, eu poderia escolher. Cheguei aqui e comprei um novo, que tenho até hoje e está neste momento jogado em cima da cama, sujo, mas é bonito e tem qualidade rsrs.
O ano já era 2008, a Rock Sem Tìtulos continuava existindo, mesmo sem nunca ter ensaiado de fato, mas depois de um tempo, se desmembrou. O Lautenay, que nunca esteve realmente comprometido com o projeto, saiu primeiro, depois o Jackston, este merece até uma explicação especial:
Quando o conhecemos, na 8ª série, ele era um maldito cachaceiro, que vivia bebendo em casa junto com os primos, e depois de um tempo, ainda antes de sair da banda, ele voltou para a antiga religião dele, era evangélico, não bebeu mais, e saiu da banda. Rock é do demônio, mano.
Dois saíram, dois entraram: Agostinho e Hélio. O Hélio, já mencionado neste texto, tinha um violão e sabia tocar bem mais que nós, e o Agostinho disse que aprenderia, já que o irmão dele, Gustavo, tinha uma guitarra e sabia tocar.
Com esta nova formação, até que a banda parecia que iria engrenar, se não me engano, o Márcio e o Hélio até conseguiram musicar uma letra, e ensaiamos muito, tipo, duas vezes... Mas a coisa sempre foi descompromissada, e confesso que tenho minha parcela de culpa nisso, o mais empolgado sempre foi mesmo o Márcio.
No fim de 2008, alguns passaram no vestibular, eu também, e fiquei uns longos 8 meses só coçando o saco, aliás, minto, de dezembro até março fiquei no Maranhão passando as férias de novo, mas depois que voltei a Teresina, passei o resto do tempo trabalhando com meu pai até agosto, quando o curso começou.
Neste tempo, a banda se desfez, sem nunca ter se apresentado nem ter feito um ensaio de verdade, ficaram apenas as histórias dos encontros, as letras, os intrumentos, as festas, as discussões... Enfim, foi legal participar, apesar de, musicalmente, a banda não ter sido produtiva, ela deixou algumas coisas boas na minha vida, como a poesia, pois depois de algum tempo vi que algumas das minhas letras eram, na verdade, poesias, e comecei a escrevê-las também, era uma forma de se encontrar, de se expressar mais intimamente, e escrevo até hoje.
Além da poesia, ficou também, obviamente, o conhecimento musical, afinal eu tive aulas de teoria musical junto com as práticas de violão. Ficou também o violão, que é um refúgio para as horas tensas.
Enfim, esta é a história da banda, inglória, desonrada, mas divertida rsrs
No post: @lautenay, @agrt, @heliojunior_the e @gusta_ycaroo (o Márcio e o Jackston não tem twitter)
Pois é... eu e mais alguns amigos de colégio tínhamos este projeto, que nem lembro bem quando começou, foi por volta de 2006, mas lembro exatamente como começou: um amigo meu, o Márcio, chegou em minha casa numa manhã de sábado, junto com o @lautenay, e me disse que tinha um projeto, e para que eu não sorrisse da cara dele: uma banda...
O engraçado é que eu fui o último a tomar conhecimento, não sei por quê. Mas enfim, o recado estava dado, o convite estava feito, aceitei. Daí você pensa que no outro dia já marcamos um ensaio e tal e coisa, não é? Mas quem disse que nós tínhamos instrumentos? É isso, não tínhamos nem mesmo instrumentos...
O primeiro passo foi definir quem tocaria o quê: eu preferi a guitarra, o Márcio, os vocais, o Lautenay, a bateria, e o Jackston, o outro integrante, o baixo. Também escolhemos um nome, depois de algumas sugestões, ficou "Rock Sem Títulos". Ficamos assim, virtualmente uma banda, mas praticamente, apenas 4 caras sem porra nenhuma.
O Márcio tinha afinidade com as letras, começou a escrever por influência de um amigo nosso, o Hélio, que é poeta, e eu também comecei a me arriscar nos versos por influência dos dois , apesar de já ter escrito um ou dois poemas antes desse projeto de banda. As letras do começo, obviamente, eram muito toscas, tipo, MUITO, mas com o tempo as coisas melhoraram, digo, as letras, porque instrumentos ainda não tínhamos.
Passamos um longo tempo apenas discutindo o projeto, fazendo letras, jogando videogame, mas nada realmente prático, até que em 2008 eu e o Jackston entramos no curso de violão da Central de Artesanato, junto com a entrada no curso, comprei meu primeiro violão, preto, barato, e de qualidade duvidosa, mas servia pra começar.
As primeiras músicas que aprendi a tocar foram "Asa Branca" e "O Cravo Brigou com a Rosa", mas eu explico: é que no começo eu só sabia tocar músicas nota por nota, ou seja, seguindo partitura, e não por cifras, e as partituras já estavam na apostila. Mas confesso que era meio embaraçoso tocar "O Cravo Brigou com a Rosa"...
Depois de alguns meses, eu já tocava razoavelmente mal, já dava pra sair alguns rocks e algumas músicas das quais eu gostava, infelizmente não pude tocar a música que prometi ser a primeira que eu tocaria: Electrical Storm, do U2, ela tinha pestanas e era difícil de ser tocada por um iniciante. Para quem não sabe, pestana é um tipo de acorde onde a pessoa tem de colocar todo o dedo indicador numa casa do violão, e é muito complicado para quem está começando.
Enfim, a banda seguia, agora com 3 instrumentos, pois o Márcio também havia comprado um violão, e estava indo tudo razoavelmente mal, até que eu viajei pro Maranhão pra passar as férias e deixei meu violão aqui. E num belo dia acordei com a notícia de que ladrões haviam invadido minha casa, levaram dvd, um secador de cabelos, meu violão e, bizonhamente, o controle da tv, SEM A TV!
Fiquei triste pelo roubo, mas enfim, o violão não era tão bom, foi um pouco daquela sensação que as pessoas com celular paia tem ao serem roubadas: "Ah, mas era ruim mesmo essa porra!". Mas eu queria de recordação, afinal era o primeiro, o que ensinou e tal. Porém, foi roubado, águas passadas...
O bom é que minhas duas avós disseram que me dariam um novo, e que quando eu chegasse em Teresina, eu poderia escolher. Cheguei aqui e comprei um novo, que tenho até hoje e está neste momento jogado em cima da cama, sujo, mas é bonito e tem qualidade rsrs.
O ano já era 2008, a Rock Sem Tìtulos continuava existindo, mesmo sem nunca ter ensaiado de fato, mas depois de um tempo, se desmembrou. O Lautenay, que nunca esteve realmente comprometido com o projeto, saiu primeiro, depois o Jackston, este merece até uma explicação especial:
Quando o conhecemos, na 8ª série, ele era um maldito cachaceiro, que vivia bebendo em casa junto com os primos, e depois de um tempo, ainda antes de sair da banda, ele voltou para a antiga religião dele, era evangélico, não bebeu mais, e saiu da banda. Rock é do demônio, mano.
Dois saíram, dois entraram: Agostinho e Hélio. O Hélio, já mencionado neste texto, tinha um violão e sabia tocar bem mais que nós, e o Agostinho disse que aprenderia, já que o irmão dele, Gustavo, tinha uma guitarra e sabia tocar.
Com esta nova formação, até que a banda parecia que iria engrenar, se não me engano, o Márcio e o Hélio até conseguiram musicar uma letra, e ensaiamos muito, tipo, duas vezes... Mas a coisa sempre foi descompromissada, e confesso que tenho minha parcela de culpa nisso, o mais empolgado sempre foi mesmo o Márcio.
No fim de 2008, alguns passaram no vestibular, eu também, e fiquei uns longos 8 meses só coçando o saco, aliás, minto, de dezembro até março fiquei no Maranhão passando as férias de novo, mas depois que voltei a Teresina, passei o resto do tempo trabalhando com meu pai até agosto, quando o curso começou.
Neste tempo, a banda se desfez, sem nunca ter se apresentado nem ter feito um ensaio de verdade, ficaram apenas as histórias dos encontros, as letras, os intrumentos, as festas, as discussões... Enfim, foi legal participar, apesar de, musicalmente, a banda não ter sido produtiva, ela deixou algumas coisas boas na minha vida, como a poesia, pois depois de algum tempo vi que algumas das minhas letras eram, na verdade, poesias, e comecei a escrevê-las também, era uma forma de se encontrar, de se expressar mais intimamente, e escrevo até hoje.
Além da poesia, ficou também, obviamente, o conhecimento musical, afinal eu tive aulas de teoria musical junto com as práticas de violão. Ficou também o violão, que é um refúgio para as horas tensas.
Enfim, esta é a história da banda, inglória, desonrada, mas divertida rsrs
No post: @lautenay, @agrt, @heliojunior_the e @gusta_ycaroo (o Márcio e o Jackston não tem twitter)
João Cláudio Moreno imitando Efrém Ribeiro
sábado, 16 de outubro de 2010
Das coisas que não entendo - Preconceito
Sabem o que eu penso sobre os gays e sobre o preconceito em torno deles?
Antigamente os canhotos também eram discriminados, eram tidos como criaturas do demônio, os "não-normais", isso não é novidade para muita gente.
Pois bem, com os gays acontece a mesma coisa, e há séculos. A ciência não conseguiu explicar o porquê de uma pessoa ser gay, os preconceituosos e fanáticos religiosos atribuem a homossexualidade ao demônio ou às influências da sociedade, como fatores de criação, dentre outros.
O fato é que existem outras espécies que apresentam homossexualidade espontânea, ou seja, que não é o comportamento apresentado pela maioria da espécie. Neste caso, poderia-se falar de influência social?
E se por acaso fosse descoberto que a homossexualidade é genética? Haveria manipulação de genes? Pais preconceituosos abortariam filhos se descobrissem antecipadamente que estes seriam gays? São idéias perigosas demais, e mesquinhas.
A meu ver, nem deveríamos ficar discutindo estas coisas. Assim como atualmente ninguém discrimina os canhotos, pelo menos onde vivo, não deveriam ser pré-julgados também os homossexuais. E não é que eles tenham que ser tratados como coitados, pelo contrário, devem ser tratados igualmente.
Antigamente os canhotos também eram discriminados, eram tidos como criaturas do demônio, os "não-normais", isso não é novidade para muita gente.
Pois bem, com os gays acontece a mesma coisa, e há séculos. A ciência não conseguiu explicar o porquê de uma pessoa ser gay, os preconceituosos e fanáticos religiosos atribuem a homossexualidade ao demônio ou às influências da sociedade, como fatores de criação, dentre outros.
O fato é que existem outras espécies que apresentam homossexualidade espontânea, ou seja, que não é o comportamento apresentado pela maioria da espécie. Neste caso, poderia-se falar de influência social?
E se por acaso fosse descoberto que a homossexualidade é genética? Haveria manipulação de genes? Pais preconceituosos abortariam filhos se descobrissem antecipadamente que estes seriam gays? São idéias perigosas demais, e mesquinhas.
A meu ver, nem deveríamos ficar discutindo estas coisas. Assim como atualmente ninguém discrimina os canhotos, pelo menos onde vivo, não deveriam ser pré-julgados também os homossexuais. E não é que eles tenham que ser tratados como coitados, pelo contrário, devem ser tratados igualmente.
Marcadores:
este post não é bobo,
não entendo,
teorias
sexta-feira, 15 de outubro de 2010
Causos - Professora Terezinha
Não, este post não é bobo, ou é, talvez, talvez piegas...
Ok, eu não sou lá essas coisas hoje, mas o que não presta eu não aprendi com os professores rsrs
Bem, hoje é 15 de outubro, dia do professor, e neste dia, sempre, ou quase sempre, lembro-me da minha mais marcante professora: Terezinha.
Eu era um ótimo aluno, falo sério, estudava no colégio Alcenor Candeira, em Parnaíba, o "Cobrão", tradicional colégio de lá. Minhas notas não ficavam abaixo do 9, eu era um dos primeiros, ou o primeiro da classe, não lembro, mas não era pedante (como vocês já devem estar pensando) e estava sempre com a turma inventando danação ou jogando bola.
Todas estas notas altas eram devido a uma pessoa, a professora Terezinha, que não era do colégio, e sim uma professora de reforço que morava relativamente perto da minha casa. Só pra esclarecer, quando digo "relativamente perto" quero dizer que é uma distância que cansa, mas que dispensa carro ou ônibus.
A professora Terezinha era pequena, já tinha por volta dos seus 45, 50 anos, eu não sei, mas ela não tinha espírito de uma pessoa velha, era sagaz e enérgica. Minha mãe confiava muito nela, e ela era realmente uma pessoa digna de confiança, destas já difíceis de se encontrar hoje...
Eu passava todas as tardes lá, e às vezes, em circunstâncias especiais, só saía à noite. Minha memória é horrível, mas lembro-me bem de como era a casa dela, inclusive das duas mesas, a da copa e a da cozinha, onde eu estudava junto com mais alguns alunos, lembro-me do papagaio, do quintal, das árvores, do cachorro bravo, da filha dela, Amanda, que já estava estudando pro vestibular, enquanto eu ainda estava nas primeiras séries.
Não quero agora me gabar, mas graças a ela, é quase impossível que eu escreva alguma palavra com a grafia errada, ela fazia ditados com a gente, ditava os textos, nós copiávamos, e depois ela verificava. Se errávamos uma palavra, repetíamos 10 vezes com a grafia correta. Deste modo, aprendi ortografia. E com ela eu tinha lições até de caligrafia, mas digamos que estas lições não foram muito aproveitadas...
Ela era professora de todas as disciplinas, e também me ensinava ciências, geografia, história, e, obviamente, matemática... Lembro-me bem, apesar da memória, da minha tabuada, azul, fininha, onde eu me debruçava para aprender as continhas. E foi justamente por causa desta tabuada que aprendi uma das pequenas lições da minha vida: não pescar.
Acontecia assim, ela nos mandava estudar, e logo depois pegava a tabuada e queria que falássemos corretamente toda uma fileira de alguma operação, se errássemos, estudávamos de novo. Certa vez, eu não estava conseguindo decorar, e anotei a fileira num estojo meu, de ferro (burrice, nem pra anotar num papel mesmo), e quando ela começou a perguntar, eu fiquei olhando o estojo e respondendo, mas ela percebeu e me repreendeu, não me lembro das palavras dela, só sei que a partir deste dia nunca mais pesquei, e falo sério.
Eu era um ótimo aluno, falo sério, estudava no colégio Alcenor Candeira, em Parnaíba, o "Cobrão", tradicional colégio de lá. Minhas notas não ficavam abaixo do 9, eu era um dos primeiros, ou o primeiro da classe, não lembro, mas não era pedante (como vocês já devem estar pensando) e estava sempre com a turma inventando danação ou jogando bola.
Todas estas notas altas eram devido a uma pessoa, a professora Terezinha, que não era do colégio, e sim uma professora de reforço que morava relativamente perto da minha casa. Só pra esclarecer, quando digo "relativamente perto" quero dizer que é uma distância que cansa, mas que dispensa carro ou ônibus.
A professora Terezinha era pequena, já tinha por volta dos seus 45, 50 anos, eu não sei, mas ela não tinha espírito de uma pessoa velha, era sagaz e enérgica. Minha mãe confiava muito nela, e ela era realmente uma pessoa digna de confiança, destas já difíceis de se encontrar hoje...
Eu passava todas as tardes lá, e às vezes, em circunstâncias especiais, só saía à noite. Minha memória é horrível, mas lembro-me bem de como era a casa dela, inclusive das duas mesas, a da copa e a da cozinha, onde eu estudava junto com mais alguns alunos, lembro-me do papagaio, do quintal, das árvores, do cachorro bravo, da filha dela, Amanda, que já estava estudando pro vestibular, enquanto eu ainda estava nas primeiras séries.
Não quero agora me gabar, mas graças a ela, é quase impossível que eu escreva alguma palavra com a grafia errada, ela fazia ditados com a gente, ditava os textos, nós copiávamos, e depois ela verificava. Se errávamos uma palavra, repetíamos 10 vezes com a grafia correta. Deste modo, aprendi ortografia. E com ela eu tinha lições até de caligrafia, mas digamos que estas lições não foram muito aproveitadas...
Ela era professora de todas as disciplinas, e também me ensinava ciências, geografia, história, e, obviamente, matemática... Lembro-me bem, apesar da memória, da minha tabuada, azul, fininha, onde eu me debruçava para aprender as continhas. E foi justamente por causa desta tabuada que aprendi uma das pequenas lições da minha vida: não pescar.
Acontecia assim, ela nos mandava estudar, e logo depois pegava a tabuada e queria que falássemos corretamente toda uma fileira de alguma operação, se errássemos, estudávamos de novo. Certa vez, eu não estava conseguindo decorar, e anotei a fileira num estojo meu, de ferro (burrice, nem pra anotar num papel mesmo), e quando ela começou a perguntar, eu fiquei olhando o estojo e respondendo, mas ela percebeu e me repreendeu, não me lembro das palavras dela, só sei que a partir deste dia nunca mais pesquei, e falo sério.
Foi realmente uma professora muito especial, e a sua casa era mais que um local de estudo, era também um lugar onde nós comíamos, subíamos nas árvores, passávamos raiva, obviamente, mas também sorríamos muito. Ela era divertida, não era ranzinza.
No final da 4ª série, dezembro de 2001, saí de Parnaíba, e fui morar em Timon, morava lá e estudava em Teresina, no Santa Helena. As notas continuaram boas, não exatamente como eram em Parnaíba, mas ainda assim, dignas.
Voltei a Parnaíba somente em 2005, para passar um pouco das férias, e a vi novamente. Estava a mesma, na mesma casa, mesmo jeito meio estabado de falar as coisas, sorrindo, porém incisiva às vezes. Minha mãe e eu falamos como estavam meus estudos na capital (eu já morava em Teresina) e falamos sobre algumas recordações.
Desde 2005, nunca mais fui a Parnaíba, não tenho parentes por lá, e minha madrinha, que era a única "parente" que morava lá, agora mora em Campo Maior.
Pois é, talvez eu nunca mais veja a professora Terezinha, vai saber... Mas ela foi uma professora que marcou minha vida, e desejo este dia a ela, assim como a todos os professores que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa e contribuíram para que eu me tornasse o que sou hoje.
No final da 4ª série, dezembro de 2001, saí de Parnaíba, e fui morar em Timon, morava lá e estudava em Teresina, no Santa Helena. As notas continuaram boas, não exatamente como eram em Parnaíba, mas ainda assim, dignas.
Voltei a Parnaíba somente em 2005, para passar um pouco das férias, e a vi novamente. Estava a mesma, na mesma casa, mesmo jeito meio estabado de falar as coisas, sorrindo, porém incisiva às vezes. Minha mãe e eu falamos como estavam meus estudos na capital (eu já morava em Teresina) e falamos sobre algumas recordações.
Desde 2005, nunca mais fui a Parnaíba, não tenho parentes por lá, e minha madrinha, que era a única "parente" que morava lá, agora mora em Campo Maior.
Pois é, talvez eu nunca mais veja a professora Terezinha, vai saber... Mas ela foi uma professora que marcou minha vida, e desejo este dia a ela, assim como a todos os professores que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa e contribuíram para que eu me tornasse o que sou hoje.
Ok, eu não sou lá essas coisas hoje, mas o que não presta eu não aprendi com os professores rsrs
terça-feira, 12 de outubro de 2010
Causos - Índia seus cabelos, índia seus cabeeeeeeelos...
Cliquem no play, esperem carregar, e leiam esta história:
Um clássico, sem mais.
O tio de um amigo do meu primo é muito viciado na música "Índia", do Roberto Carlos, não pode ouvir que já começa a chorar, fica emocionado e querendo beber. Pois bem, estavam o meu primo, o amigo dele, o TIO, e mais algumas pessoas numa festa, e o amigo do meu primo, só pra curtir, colocou no som esta música, só que na versão do Tiririca, que é muito melhor, mais poética, e mais rica musicalmente. O TIO, logo que ouviu as primeiras frases, começou a se emocionar, a beber, a chorar, e a dizer aquelas coisas de bêbado, tipo "rapaz, essa música é muito linda, né não? Os seus... " Só depois de quase 1 minuto da música tocando, ele se tocou e perguntou: "Ei, que fuleragem é essa???"
Um clássico, sem mais.
sábado, 9 de outubro de 2010
Redação homofóbica
Para o diretor do colégio ou para a internet? Adoro a internet rsrs
dica do @rdneto
Crédito: http://www.pedregulhos.net/
quinta-feira, 7 de outubro de 2010
"O caldo-de-cana é derivado do álcool, né?"
Estava no blog NãoIntendo
quarta-feira, 6 de outubro de 2010
segunda-feira, 4 de outubro de 2010
Música da Weslian Roriz
Eu quero defen-der... ♪ ♫
Assinar:
Postagens (Atom)