Bem, hoje é 15 de outubro, dia do professor, e neste dia, sempre, ou quase sempre, lembro-me da minha mais marcante professora: Terezinha.
Eu era um ótimo aluno, falo sério, estudava no colégio Alcenor Candeira, em Parnaíba, o "Cobrão", tradicional colégio de lá. Minhas notas não ficavam abaixo do 9, eu era um dos primeiros, ou o primeiro da classe, não lembro, mas não era pedante (como vocês já devem estar pensando) e estava sempre com a turma inventando danação ou jogando bola.
Todas estas notas altas eram devido a uma pessoa, a professora Terezinha, que não era do colégio, e sim uma professora de reforço que morava relativamente perto da minha casa. Só pra esclarecer, quando digo "relativamente perto" quero dizer que é uma distância que cansa, mas que dispensa carro ou ônibus.
A professora Terezinha era pequena, já tinha por volta dos seus 45, 50 anos, eu não sei, mas ela não tinha espírito de uma pessoa velha, era sagaz e enérgica. Minha mãe confiava muito nela, e ela era realmente uma pessoa digna de confiança, destas já difíceis de se encontrar hoje...
Eu passava todas as tardes lá, e às vezes, em circunstâncias especiais, só saía à noite. Minha memória é horrível, mas lembro-me bem de como era a casa dela, inclusive das duas mesas, a da copa e a da cozinha, onde eu estudava junto com mais alguns alunos, lembro-me do papagaio, do quintal, das árvores, do cachorro bravo, da filha dela, Amanda, que já estava estudando pro vestibular, enquanto eu ainda estava nas primeiras séries.
Não quero agora me gabar, mas graças a ela, é quase impossível que eu escreva alguma palavra com a grafia errada, ela fazia ditados com a gente, ditava os textos, nós copiávamos, e depois ela verificava. Se errávamos uma palavra, repetíamos 10 vezes com a grafia correta. Deste modo, aprendi ortografia. E com ela eu tinha lições até de caligrafia, mas digamos que estas lições não foram muito aproveitadas...
Ela era professora de todas as disciplinas, e também me ensinava ciências, geografia, história, e, obviamente, matemática... Lembro-me bem, apesar da memória, da minha tabuada, azul, fininha, onde eu me debruçava para aprender as continhas. E foi justamente por causa desta tabuada que aprendi uma das pequenas lições da minha vida: não pescar.
Acontecia assim, ela nos mandava estudar, e logo depois pegava a tabuada e queria que falássemos corretamente toda uma fileira de alguma operação, se errássemos, estudávamos de novo. Certa vez, eu não estava conseguindo decorar, e anotei a fileira num estojo meu, de ferro (burrice, nem pra anotar num papel mesmo), e quando ela começou a perguntar, eu fiquei olhando o estojo e respondendo, mas ela percebeu e me repreendeu, não me lembro das palavras dela, só sei que a partir deste dia nunca mais pesquei, e falo sério.
Eu era um ótimo aluno, falo sério, estudava no colégio Alcenor Candeira, em Parnaíba, o "Cobrão", tradicional colégio de lá. Minhas notas não ficavam abaixo do 9, eu era um dos primeiros, ou o primeiro da classe, não lembro, mas não era pedante (como vocês já devem estar pensando) e estava sempre com a turma inventando danação ou jogando bola.
Todas estas notas altas eram devido a uma pessoa, a professora Terezinha, que não era do colégio, e sim uma professora de reforço que morava relativamente perto da minha casa. Só pra esclarecer, quando digo "relativamente perto" quero dizer que é uma distância que cansa, mas que dispensa carro ou ônibus.
A professora Terezinha era pequena, já tinha por volta dos seus 45, 50 anos, eu não sei, mas ela não tinha espírito de uma pessoa velha, era sagaz e enérgica. Minha mãe confiava muito nela, e ela era realmente uma pessoa digna de confiança, destas já difíceis de se encontrar hoje...
Eu passava todas as tardes lá, e às vezes, em circunstâncias especiais, só saía à noite. Minha memória é horrível, mas lembro-me bem de como era a casa dela, inclusive das duas mesas, a da copa e a da cozinha, onde eu estudava junto com mais alguns alunos, lembro-me do papagaio, do quintal, das árvores, do cachorro bravo, da filha dela, Amanda, que já estava estudando pro vestibular, enquanto eu ainda estava nas primeiras séries.
Não quero agora me gabar, mas graças a ela, é quase impossível que eu escreva alguma palavra com a grafia errada, ela fazia ditados com a gente, ditava os textos, nós copiávamos, e depois ela verificava. Se errávamos uma palavra, repetíamos 10 vezes com a grafia correta. Deste modo, aprendi ortografia. E com ela eu tinha lições até de caligrafia, mas digamos que estas lições não foram muito aproveitadas...
Ela era professora de todas as disciplinas, e também me ensinava ciências, geografia, história, e, obviamente, matemática... Lembro-me bem, apesar da memória, da minha tabuada, azul, fininha, onde eu me debruçava para aprender as continhas. E foi justamente por causa desta tabuada que aprendi uma das pequenas lições da minha vida: não pescar.
Acontecia assim, ela nos mandava estudar, e logo depois pegava a tabuada e queria que falássemos corretamente toda uma fileira de alguma operação, se errássemos, estudávamos de novo. Certa vez, eu não estava conseguindo decorar, e anotei a fileira num estojo meu, de ferro (burrice, nem pra anotar num papel mesmo), e quando ela começou a perguntar, eu fiquei olhando o estojo e respondendo, mas ela percebeu e me repreendeu, não me lembro das palavras dela, só sei que a partir deste dia nunca mais pesquei, e falo sério.
Foi realmente uma professora muito especial, e a sua casa era mais que um local de estudo, era também um lugar onde nós comíamos, subíamos nas árvores, passávamos raiva, obviamente, mas também sorríamos muito. Ela era divertida, não era ranzinza.
No final da 4ª série, dezembro de 2001, saí de Parnaíba, e fui morar em Timon, morava lá e estudava em Teresina, no Santa Helena. As notas continuaram boas, não exatamente como eram em Parnaíba, mas ainda assim, dignas.
Voltei a Parnaíba somente em 2005, para passar um pouco das férias, e a vi novamente. Estava a mesma, na mesma casa, mesmo jeito meio estabado de falar as coisas, sorrindo, porém incisiva às vezes. Minha mãe e eu falamos como estavam meus estudos na capital (eu já morava em Teresina) e falamos sobre algumas recordações.
Desde 2005, nunca mais fui a Parnaíba, não tenho parentes por lá, e minha madrinha, que era a única "parente" que morava lá, agora mora em Campo Maior.
Pois é, talvez eu nunca mais veja a professora Terezinha, vai saber... Mas ela foi uma professora que marcou minha vida, e desejo este dia a ela, assim como a todos os professores que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa e contribuíram para que eu me tornasse o que sou hoje.
No final da 4ª série, dezembro de 2001, saí de Parnaíba, e fui morar em Timon, morava lá e estudava em Teresina, no Santa Helena. As notas continuaram boas, não exatamente como eram em Parnaíba, mas ainda assim, dignas.
Voltei a Parnaíba somente em 2005, para passar um pouco das férias, e a vi novamente. Estava a mesma, na mesma casa, mesmo jeito meio estabado de falar as coisas, sorrindo, porém incisiva às vezes. Minha mãe e eu falamos como estavam meus estudos na capital (eu já morava em Teresina) e falamos sobre algumas recordações.
Desde 2005, nunca mais fui a Parnaíba, não tenho parentes por lá, e minha madrinha, que era a única "parente" que morava lá, agora mora em Campo Maior.
Pois é, talvez eu nunca mais veja a professora Terezinha, vai saber... Mas ela foi uma professora que marcou minha vida, e desejo este dia a ela, assim como a todos os professores que, de alguma forma, me ensinaram alguma coisa e contribuíram para que eu me tornasse o que sou hoje.
Ok, eu não sou lá essas coisas hoje, mas o que não presta eu não aprendi com os professores rsrs
Seja o primeiro a comentar.
Postar um comentário