quarta-feira, 21 de dezembro de 2011
sexta-feira, 2 de dezembro de 2011
segunda-feira, 28 de novembro de 2011
Bolão Besta - final do Brasileirão
O campeonato terminou, infelizmente o time da marginal, sem nº, foi campeão. Com o fim do Brasileirão, também teve fim o Bolão Besta, e desta vez temos um vencedor:
Matheus Teixeira Fagundes (@mteixeiraf). Ele acertou o resultado de dois jogos e cravou mais dois, ficando assim com 14 pontos.
Matheus Teixeira Fagundes (@mteixeiraf). Ele acertou o resultado de dois jogos e cravou mais dois, ficando assim com 14 pontos.
Resultado completo
Pontuação:
Cada resultado correto corresponde a 2 pontos.
Se além de acertar o resultado, a pessoa ainda cravar o placar, ganha 5 pontos.
O #bolaobesta existe desde a Copa do Mundo e seus prêmios já são bem conhecidos: NADA para quem acertar mais resultados, com um bônus de PORRA NENHUMA para quem cravar todos.
Em virtude dos milhares de comentários neste post reclamando do valor do prêmio, fica estabelecido agora que o vencedor do bolão ganha uma (1) cerveja, no bar que quiser rs.
É preso e dá em cima da repórter
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abestado,
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vídeos
domingo, 27 de novembro de 2011
Bolão Besta - 37ª rodada
Apostas do bolão: https://docs.google.com/spreadsheet/ccc?key=0AtOSzeykhbNodE5VTjJ4SUhoWFZzLXAyS1I5OFN1VlE&pli=1#gid=0
Eu: acertei dois resultados, não cravei nenhum, marquei 4 jogos.
Gildean (anônimo): acertou cinco resultados, não cravou nenhum, marcou 10 jogos.
Pryscila: acertou dois resultados, cravou um, marcou 5 jogos.
Eu, assim como o Gildean (anônimo), acertei metade dos resultados que marquei, mas ele leva vantagem por ter acertado mais. A Pryscila acertou menos da metade, mas cravou um resultado. Como não estabeleci regulamento, então ninguém ganhou porra nenhuma mesmo rs.
O #bolaobesta existe desde a Copa do Mundo e seus prêmios já são bem conhecidos: NADA para quem acertar mais resultados, com um bônus de PORRA NENHUMA para quem cravar todos rsrs
Eu: acertei dois resultados, não cravei nenhum, marquei 4 jogos.
Gildean (anônimo): acertou cinco resultados, não cravou nenhum, marcou 10 jogos.
Pryscila: acertou dois resultados, cravou um, marcou 5 jogos.
Eu, assim como o Gildean (anônimo), acertei metade dos resultados que marquei, mas ele leva vantagem por ter acertado mais. A Pryscila acertou menos da metade, mas cravou um resultado. Como não estabeleci regulamento, então ninguém ganhou porra nenhuma mesmo rs.
O #bolaobesta existe desde a Copa do Mundo e seus prêmios já são bem conhecidos: NADA para quem acertar mais resultados, com um bônus de PORRA NENHUMA para quem cravar todos rsrs
domingo, 20 de novembro de 2011
quarta-feira, 9 de novembro de 2011
Eu quero cu quero cu quero cu quero cu
"Ela é doida, ela rapa o cabelo do cu, o cabelo do cotovelo"
kkkkkkkkkkkkkkk
versão completa:
kkkkkkkkkkkkkkk
versão completa:
domingo, 6 de novembro de 2011
Tirinha - Todo mundo espera alguma coisa de um sábado à noite
esta ficou muito paia
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Seu Lunga, o homem mais bruto do Brasil
Seu Lunga foi ao restaurante e pediu uma sopa. O garçom perguntou: “Levo no prato, Seu Lunga?” De pronto ele devolveu: “Não, jogue no chão e venha empurrando com um rodo”. Na hora de pagar a conta, puxou o talão de cheques. O garçom teve dúvidas: “Vai pagar com cheque, Seu Lunga?” Ele olhou para o garçom por alguns segundos e disse: “Não, peguei o talão pra lhe escrever um poema”.
Por causa de histórias como essas, divulgadas em livretos de cordel, o comerciante Joaquim Santos Rodrigues, o Seu Lunga, venceu há dois meses um processo na Justiça do Ceará contra o cordelista Abraão Batista. Por decisão do Tribunal de Justiça do estado, Batista, autor do cordel "O Homem Mais Zangado do Mundo", publicado em dois volumes, está proibido de citar Seu Lunga em suas narrativas. Caso contrarie a decisão, terá de pagar uma multa de 1 000 reais por dia.
Inconformado, Batista pretende recorrer ao Superior Tribunal Federal, em Brasília. “Ele diz que eu sou mentiroso, mas eu conto aquilo que ouvi. O povo aumenta, recria, mas tudo tem um contexto”, defende-se o cordelista, lançando a questão: se todo mundo escreve sobre o mau humor de Seu Lunga, por que só ele foi processado?
Sentado em um banquinho de madeira na calçada diante de seu ferro-velho, em Juazeiro do Norte, cidade situada a 500 quilômetros de Fortaleza, Seu Lunga, 83 anos, mostra a lendária irritação ao responder à pergunta de Batista. “Todo mundo, não! Aquela moça que tá passando ali escreveu? Então não é todo mundo!”
“Como é que um cabra chega num ponto comercial e pergunta se as coisas tão pra vender? Isso é uma besteira”.
Ele explica por que se exaspera com as histórias contadas por Batista. “Não é que eu seja grosso. Não gosto é de pergunta idiota.” E exemplifica: “Inda ontem chegou um rapaz aqui na loja, entrou, examinou e perguntou: ‘Isso tudo é pra vender?’ Isso é uma besteira. Como é que um cabra chega num ponto comercial e pergunta se as coisas tão pra vender?”
Seu Lunga dá sua versão do fato com um olho no interlocutor, outro na TV Semp de 10 polegadas em que assiste ao seriado teen "I-Carly". A provocação é irresistível:
– E essa televisão aí? É pra vender?
– Isso aqui é um ponto comercial!
– E quanto custa?
– Já começou errado. Você quer saber o preço de custo? Isso só interessa ao comerciante!
E, se você acha que perguntar quanto custa um produto deixa o comerciante irritado (“O correto é perguntar o preço”, ensina), experimente pechinchar. “Isso é safadeza, sem-vergonheza. Preço só tem um”, diz, taxativo.
Reações como essa transformaram Seu Lunga em um personagem lendário no Ceará. O escritor francês Jules Renard dizia: “Há pessoas tão aborrecidas que nos fazem perder um dia inteiro em 5 minutos”. No caso de Seu Lunga, em 5 minutos se perde não apenas um dia, mas semanas, talvez meses. O pesquisador cearense de cultura popular Renato Casimiro contabiliza 78 títulos de cordéis contando a história do comerciante. “O pioneiro foi Abraão Batista, de Juazeiro, em 1983, mas hoje há títulos publicados sobre Seu Lunga em várias regiões do Nordeste”, conta.
Vendido em feiras, pontos turísticos e bancas de revistas, o cordel tem alcance restrito – a tiragem média é de 2 mil exemplares. Na internet, porém, a disseminação é ampla. É praticamente imensurável a quantidade de piadas que correm sobre as grosserias do personagem. Uma pesquisa no Google mostra mais de 166 mil resultados para “Seu Lunga”.
No Twitter, a conta @SenhorLunga (uma das três atribuídas a ele) tinha 18500 seguidores até o fechamento desta reportagem. Lá são reproduzidos causos e frases do personagem, que, aliás, nem sequer sabe ligar um computador.
“Seu Lunga, caminhar faz bem à saúde? Respondi: ‘Se for, o carteiro é um ser imortal’”, diz um dos tweets. Por causa da fama recente nas redes sociais, Seu Lunga virou atração turística. Todos os dias alguém aparece na sucata do homem, localizada na Rua Santa Luzia, no centro da cidade, para tirar fotos com ele ou, o que é mais comum, fazer-lhe perguntas estúpidas, de propósito, só para vê-lo sair do sério.
Mulher Furada
As histórias de Seu Lunga tiveram como um dos primeiros disseminadores os humoristas cearenses que faziam shows em bares e barracas de praia de Fortaleza. Antes de ficar famoso, Tom Cavalcante, apresentador do programa Show do Tom, na Rede Record, já contava histórias do juazeirense. “Meu causo preferido é aquele em que Seu Lunga vai para o altar com a futura esposa e, no instante em que eles se aproximam do padre, ela lhe revela um segredo: ‘Lunga, não sou mais virgem. Eu sou furada’. Ele responde: ‘E daí, mulher? Eu não quero você pra transportar água’”, conta o humorista às gargalhadas.
Admirador do personagem,Cavalcante convidou-o para seu programa há alguns anos. Foram quatro meses de negociação. “Numa das ligações, usei a estratégia de elogiá-lo para que aceitasse o convite. Eu disse que ele era uma pessoa muito carismática. Ele respondeu: ‘Como é que cê sabe? Cê nunca me viu!’”. Por fim Seu Lunga topou ir ao programa. “Foi um papo cheio de dedos. Ele tem fama de turrão, mas na verdade é apenas mal-humorado”, avalia Cavalcante.
O cantor cearense Fagner gosta tanto das histórias de Seu Lunga que pensa em juntar as melhores e escrever um livro. “Faz tanto tempo que ouço piadas dele que nem sei precisar quando foi a primeira vez”, diz. Fagner tem inclusive uma teoria sobre o folclórico mau humor da lenda viva: “Há muitos outros ‘Seus Lungas’ por aí. São pessoas que no fundo são bem-humoradas, mas não têm paciência nenhuma”.
Aparentemente Seu Lunga não dá a mínima para a condição de celebridade. “Isso é uma besteira. E você faz parte disso”, diz apontando para a repórter. Daniel Walker, professor e pesquisador da história de Juazeiro do Norte (e primo do ator José Wilker, natural do município), garante que Seu Lunga fica envaidecido com a fama. Ele aposta que em breve o personagem será tão conhecido como Padre Cícero, a figura mais famosa da cidade. “Lunga sobreviverá à própria morte. Vai entrar para a história como personagem folclórico do Nordeste”, afirma.
Antes de ser proprietário do ferro-velho, Seu Lunga foi ourives, candidato a vereador (não se elegeu porque rasgava os próprios “santinhos”, dizem), vendedor de canjica e dono de uma frota de ônibus. Entrou para o atual negócio em 1960 e desde então é visto diariamente em frente à loja, onde recebe – e destrata – visitantes e clientes. Ali Seu Lunga se protege com uma das 12 peixeiras que diz ter ganhado de sargentos e policiais ao longo da vida. “Mas vou completar 84 anos em agosto e nunca puxei a faca pra ninguém”, garante.
O Herdeiro
Se a regra dos comerciantes é agradar ao freguês em primeiro lugar, é de perguntar como Seu Lunga consegue manter seu negócio em funcionamento. “Ele não precisa disso. Tá aqui só pra se distrair. Tanto faz vender como não”, explica o filho mais velho, José Camilo. Conhecido como “Zé do Lunga”, Camilo, 58 anos, é tido por muitos como sucessor do pai na falta de modos. A julgar pelo que contam, não falta empenho a ele para se tornar um auspicioso herdeiro do mau humor familiar. Há poucos dias, por exemplo, Zé estava cuidando da loja quando chegou um rapaz e, admirado diante de tantas quinquilharias amontoadas no ferro-velho, comentou: “Aqui vende de tudo, hein?” Zé não gostou. “Cê tá vendo avião pra vender? Se não vende avião, não vende de tudo.”
“É família?”, disse o garçom. “Não, elas são putas”, respondeu apontando para mulher e filha.
Quando não está ajudando o pai a destratar clientes, Zé se dedica a contar histórias sobre a falta de paciência de Seu Lunga para, na sequência, desmenti-las. Em um dos causos que conta, ele próprio é um dos protagonistas: Seu Lunga estava na estrada com Zé, ainda uma criança, quando este pediu: “Papai, dirija que nem Fitti”. O pai não entendeu: “Que Fitti?” O filho explicou: “Fittipaldi”. Quando chegaram em casa, Lunga disse: “Meu filho, chame Quiti”. “Que Quiti, pai?” “Sua mãe, a puta Quiti pariu.” “Tá vendo que isso não tem fundamento? Meu pai não ia chamar minha mãe assim”, defende Zé.
Dona Carmelita, a mãe de Zé e esposa de Seu Lunga, tem 83 anos e é dona de casa. Ela, o marido e uma das filhas (ao todo tiveram 14 filhos, dos quais 12 estão vivos) vivem em uma casa de muro alto na Praça do Memorial Padre Cícero, região nobre de Juazeiro do Norte – além da casa, Lunga é proprietário de um sítio na zona rural da cidade e de seu próprio ponto comercial, o que faz dele um homem de posses para os padrões juazeirenses. O muro foi construído, dizem, para diminuir o assédio a Seu Lunga.
Eventualmente dona Carmelita vai ao bar Nossa Senhora Aparecida, em uma das esquinas da praça, para comprar Coca-Cola para o almoço. Das grandes, de 2 litros, “tamanho família”. Só essa prosaica ação já é o suficiente para alimentar a lenda. Conta-se que, certo dia, o próprio Seu Lunga teria ido buscar o refrigerante com a esposa e a filha. “É família, Seu Lunga?”, perguntou o atendente em referência ao tamanho da garrafa. “Não, as duas são putas”, teria dito o velho apontando para elas.
O dono do bar, Antonio Deusimar, garante que a história é falsa e que Seu Lunga não costuma ir lá. Mas todos os dias passa quatro vezes em frente ao bar: às 7h45, quando vai para o ferro-velho; às 11h15, quando retorna para o almoço; e novamente às 12h45 e às 17h15 – sempre a pé e sempre ignorando comentários como “Eita, Seu Lunga, que o senhor tá chique hoje”, usualmente feito por mulheres.
“Nunca me deu bom-dia nem boa noite”, reclama Deusimar. Ele lembra apenas uma ocasião em que Seu Lunga foi a outro bar na região. Nesse dia, segundo Deusimar, Seu Lunga entrou e pediu à atendente que colocasse um disco de Waldick Soriano. “Não posso. Meu marido morreu”, respondeu a moça, consternada. Ao que Seu Lunga comentou: “E ele por acaso levou os discos pro caixão?”
Orador fúnebre
Mas nem tudo no mundo de Seu Lunga é amargura, cólera ou mau humor. Há uma forma de arrancar um sorriso de seu rosto impaciente. Basta pedir que declame uma de suas 20 poesias. Seus detratores dizem que as rimas na verdade são uma rapsódia de versos de Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré (de quem é conterrâneo). Ele nega. “É tudo de minha própria teoria”, afirma. Para declamar seus poemas, Seu Lunga fica de pé, estufa o peito e eleva um dos braços. “A mulher pra ser bonita / precisa ser alta e bela / tendo um corpo desenhado, / morena cor de canela, / mas os rapazes da Ribeira / estão tudo loucos por ela”, recita, sorridente.
Seu Lunga tem outra faceta: orador fúnebre. Quando morre um conhecido seu, faz questão de ir ao sepultamento para dizer palavras de consolo aos familiares. Nessas raras ocasiões, é cortês. Mas nem tanto. A engenheira agrônoma Rosângela Tenório, sua prima, conta que, quando o pai de dona Carmelita morreu, Seu Lunga estava no sítio. “Lunga, seu sogro morreu. Você não vai lá?”, avisou o mensageiro. “Não já morreu? Tenho minhas obrigações aqui e não sei fazer ninguém ressuscitar”, disse.
Não é fácil tornar-se amigo de Seu Lunga. Para ele, só se conhece uma pessoa depois de comer, junto com ela, três sacas de sal. É preciso almoçar e jantar com uma pessoa durante o período em que se consome o equivalente a 180 quilos de sal para então conhecê-la. “Aí você tem condições de saber se a criatura é direita”, ensina.
Pouco antes de nos despedirmos, um jovem atravessa a rua e se posta diante de Seu Lunga. Naquele dia, é a quinta pessoa que, sem comprar nada, aparece para tietar o comerciante. O estudante José Amaro veio de Picos, no Piauí. “Tô nervoso. Vim aqui só para tirar foto com o senhor”, diz, esboçando um sorriso amarelo, diante do ídolo. Seu Lunga olha por um instante e tasca: “Cê não tem vergonha, não? Vir de tão longe pra tirar foto com um macho?!?”
FONTE: Playboy
Por causa de histórias como essas, divulgadas em livretos de cordel, o comerciante Joaquim Santos Rodrigues, o Seu Lunga, venceu há dois meses um processo na Justiça do Ceará contra o cordelista Abraão Batista. Por decisão do Tribunal de Justiça do estado, Batista, autor do cordel "O Homem Mais Zangado do Mundo", publicado em dois volumes, está proibido de citar Seu Lunga em suas narrativas. Caso contrarie a decisão, terá de pagar uma multa de 1 000 reais por dia.
Inconformado, Batista pretende recorrer ao Superior Tribunal Federal, em Brasília. “Ele diz que eu sou mentiroso, mas eu conto aquilo que ouvi. O povo aumenta, recria, mas tudo tem um contexto”, defende-se o cordelista, lançando a questão: se todo mundo escreve sobre o mau humor de Seu Lunga, por que só ele foi processado?
Sentado em um banquinho de madeira na calçada diante de seu ferro-velho, em Juazeiro do Norte, cidade situada a 500 quilômetros de Fortaleza, Seu Lunga, 83 anos, mostra a lendária irritação ao responder à pergunta de Batista. “Todo mundo, não! Aquela moça que tá passando ali escreveu? Então não é todo mundo!”
“Como é que um cabra chega num ponto comercial e pergunta se as coisas tão pra vender? Isso é uma besteira”.
Ele explica por que se exaspera com as histórias contadas por Batista. “Não é que eu seja grosso. Não gosto é de pergunta idiota.” E exemplifica: “Inda ontem chegou um rapaz aqui na loja, entrou, examinou e perguntou: ‘Isso tudo é pra vender?’ Isso é uma besteira. Como é que um cabra chega num ponto comercial e pergunta se as coisas tão pra vender?”
Seu Lunga dá sua versão do fato com um olho no interlocutor, outro na TV Semp de 10 polegadas em que assiste ao seriado teen "I-Carly". A provocação é irresistível:
– E essa televisão aí? É pra vender?
– Isso aqui é um ponto comercial!
– E quanto custa?
– Já começou errado. Você quer saber o preço de custo? Isso só interessa ao comerciante!
E, se você acha que perguntar quanto custa um produto deixa o comerciante irritado (“O correto é perguntar o preço”, ensina), experimente pechinchar. “Isso é safadeza, sem-vergonheza. Preço só tem um”, diz, taxativo.
Reações como essa transformaram Seu Lunga em um personagem lendário no Ceará. O escritor francês Jules Renard dizia: “Há pessoas tão aborrecidas que nos fazem perder um dia inteiro em 5 minutos”. No caso de Seu Lunga, em 5 minutos se perde não apenas um dia, mas semanas, talvez meses. O pesquisador cearense de cultura popular Renato Casimiro contabiliza 78 títulos de cordéis contando a história do comerciante. “O pioneiro foi Abraão Batista, de Juazeiro, em 1983, mas hoje há títulos publicados sobre Seu Lunga em várias regiões do Nordeste”, conta.
Vendido em feiras, pontos turísticos e bancas de revistas, o cordel tem alcance restrito – a tiragem média é de 2 mil exemplares. Na internet, porém, a disseminação é ampla. É praticamente imensurável a quantidade de piadas que correm sobre as grosserias do personagem. Uma pesquisa no Google mostra mais de 166 mil resultados para “Seu Lunga”.
No Twitter, a conta @SenhorLunga (uma das três atribuídas a ele) tinha 18500 seguidores até o fechamento desta reportagem. Lá são reproduzidos causos e frases do personagem, que, aliás, nem sequer sabe ligar um computador.
“Seu Lunga, caminhar faz bem à saúde? Respondi: ‘Se for, o carteiro é um ser imortal’”, diz um dos tweets. Por causa da fama recente nas redes sociais, Seu Lunga virou atração turística. Todos os dias alguém aparece na sucata do homem, localizada na Rua Santa Luzia, no centro da cidade, para tirar fotos com ele ou, o que é mais comum, fazer-lhe perguntas estúpidas, de propósito, só para vê-lo sair do sério.
Mulher Furada
As histórias de Seu Lunga tiveram como um dos primeiros disseminadores os humoristas cearenses que faziam shows em bares e barracas de praia de Fortaleza. Antes de ficar famoso, Tom Cavalcante, apresentador do programa Show do Tom, na Rede Record, já contava histórias do juazeirense. “Meu causo preferido é aquele em que Seu Lunga vai para o altar com a futura esposa e, no instante em que eles se aproximam do padre, ela lhe revela um segredo: ‘Lunga, não sou mais virgem. Eu sou furada’. Ele responde: ‘E daí, mulher? Eu não quero você pra transportar água’”, conta o humorista às gargalhadas.
Admirador do personagem,Cavalcante convidou-o para seu programa há alguns anos. Foram quatro meses de negociação. “Numa das ligações, usei a estratégia de elogiá-lo para que aceitasse o convite. Eu disse que ele era uma pessoa muito carismática. Ele respondeu: ‘Como é que cê sabe? Cê nunca me viu!’”. Por fim Seu Lunga topou ir ao programa. “Foi um papo cheio de dedos. Ele tem fama de turrão, mas na verdade é apenas mal-humorado”, avalia Cavalcante.
O cantor cearense Fagner gosta tanto das histórias de Seu Lunga que pensa em juntar as melhores e escrever um livro. “Faz tanto tempo que ouço piadas dele que nem sei precisar quando foi a primeira vez”, diz. Fagner tem inclusive uma teoria sobre o folclórico mau humor da lenda viva: “Há muitos outros ‘Seus Lungas’ por aí. São pessoas que no fundo são bem-humoradas, mas não têm paciência nenhuma”.
Aparentemente Seu Lunga não dá a mínima para a condição de celebridade. “Isso é uma besteira. E você faz parte disso”, diz apontando para a repórter. Daniel Walker, professor e pesquisador da história de Juazeiro do Norte (e primo do ator José Wilker, natural do município), garante que Seu Lunga fica envaidecido com a fama. Ele aposta que em breve o personagem será tão conhecido como Padre Cícero, a figura mais famosa da cidade. “Lunga sobreviverá à própria morte. Vai entrar para a história como personagem folclórico do Nordeste”, afirma.
Antes de ser proprietário do ferro-velho, Seu Lunga foi ourives, candidato a vereador (não se elegeu porque rasgava os próprios “santinhos”, dizem), vendedor de canjica e dono de uma frota de ônibus. Entrou para o atual negócio em 1960 e desde então é visto diariamente em frente à loja, onde recebe – e destrata – visitantes e clientes. Ali Seu Lunga se protege com uma das 12 peixeiras que diz ter ganhado de sargentos e policiais ao longo da vida. “Mas vou completar 84 anos em agosto e nunca puxei a faca pra ninguém”, garante.
O Herdeiro
Se a regra dos comerciantes é agradar ao freguês em primeiro lugar, é de perguntar como Seu Lunga consegue manter seu negócio em funcionamento. “Ele não precisa disso. Tá aqui só pra se distrair. Tanto faz vender como não”, explica o filho mais velho, José Camilo. Conhecido como “Zé do Lunga”, Camilo, 58 anos, é tido por muitos como sucessor do pai na falta de modos. A julgar pelo que contam, não falta empenho a ele para se tornar um auspicioso herdeiro do mau humor familiar. Há poucos dias, por exemplo, Zé estava cuidando da loja quando chegou um rapaz e, admirado diante de tantas quinquilharias amontoadas no ferro-velho, comentou: “Aqui vende de tudo, hein?” Zé não gostou. “Cê tá vendo avião pra vender? Se não vende avião, não vende de tudo.”
“É família?”, disse o garçom. “Não, elas são putas”, respondeu apontando para mulher e filha.
Quando não está ajudando o pai a destratar clientes, Zé se dedica a contar histórias sobre a falta de paciência de Seu Lunga para, na sequência, desmenti-las. Em um dos causos que conta, ele próprio é um dos protagonistas: Seu Lunga estava na estrada com Zé, ainda uma criança, quando este pediu: “Papai, dirija que nem Fitti”. O pai não entendeu: “Que Fitti?” O filho explicou: “Fittipaldi”. Quando chegaram em casa, Lunga disse: “Meu filho, chame Quiti”. “Que Quiti, pai?” “Sua mãe, a puta Quiti pariu.” “Tá vendo que isso não tem fundamento? Meu pai não ia chamar minha mãe assim”, defende Zé.
Dona Carmelita, a mãe de Zé e esposa de Seu Lunga, tem 83 anos e é dona de casa. Ela, o marido e uma das filhas (ao todo tiveram 14 filhos, dos quais 12 estão vivos) vivem em uma casa de muro alto na Praça do Memorial Padre Cícero, região nobre de Juazeiro do Norte – além da casa, Lunga é proprietário de um sítio na zona rural da cidade e de seu próprio ponto comercial, o que faz dele um homem de posses para os padrões juazeirenses. O muro foi construído, dizem, para diminuir o assédio a Seu Lunga.
Eventualmente dona Carmelita vai ao bar Nossa Senhora Aparecida, em uma das esquinas da praça, para comprar Coca-Cola para o almoço. Das grandes, de 2 litros, “tamanho família”. Só essa prosaica ação já é o suficiente para alimentar a lenda. Conta-se que, certo dia, o próprio Seu Lunga teria ido buscar o refrigerante com a esposa e a filha. “É família, Seu Lunga?”, perguntou o atendente em referência ao tamanho da garrafa. “Não, as duas são putas”, teria dito o velho apontando para elas.
O dono do bar, Antonio Deusimar, garante que a história é falsa e que Seu Lunga não costuma ir lá. Mas todos os dias passa quatro vezes em frente ao bar: às 7h45, quando vai para o ferro-velho; às 11h15, quando retorna para o almoço; e novamente às 12h45 e às 17h15 – sempre a pé e sempre ignorando comentários como “Eita, Seu Lunga, que o senhor tá chique hoje”, usualmente feito por mulheres.
“Nunca me deu bom-dia nem boa noite”, reclama Deusimar. Ele lembra apenas uma ocasião em que Seu Lunga foi a outro bar na região. Nesse dia, segundo Deusimar, Seu Lunga entrou e pediu à atendente que colocasse um disco de Waldick Soriano. “Não posso. Meu marido morreu”, respondeu a moça, consternada. Ao que Seu Lunga comentou: “E ele por acaso levou os discos pro caixão?”
Orador fúnebre
Mas nem tudo no mundo de Seu Lunga é amargura, cólera ou mau humor. Há uma forma de arrancar um sorriso de seu rosto impaciente. Basta pedir que declame uma de suas 20 poesias. Seus detratores dizem que as rimas na verdade são uma rapsódia de versos de Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré (de quem é conterrâneo). Ele nega. “É tudo de minha própria teoria”, afirma. Para declamar seus poemas, Seu Lunga fica de pé, estufa o peito e eleva um dos braços. “A mulher pra ser bonita / precisa ser alta e bela / tendo um corpo desenhado, / morena cor de canela, / mas os rapazes da Ribeira / estão tudo loucos por ela”, recita, sorridente.
Seu Lunga tem outra faceta: orador fúnebre. Quando morre um conhecido seu, faz questão de ir ao sepultamento para dizer palavras de consolo aos familiares. Nessas raras ocasiões, é cortês. Mas nem tanto. A engenheira agrônoma Rosângela Tenório, sua prima, conta que, quando o pai de dona Carmelita morreu, Seu Lunga estava no sítio. “Lunga, seu sogro morreu. Você não vai lá?”, avisou o mensageiro. “Não já morreu? Tenho minhas obrigações aqui e não sei fazer ninguém ressuscitar”, disse.
Não é fácil tornar-se amigo de Seu Lunga. Para ele, só se conhece uma pessoa depois de comer, junto com ela, três sacas de sal. É preciso almoçar e jantar com uma pessoa durante o período em que se consome o equivalente a 180 quilos de sal para então conhecê-la. “Aí você tem condições de saber se a criatura é direita”, ensina.
Pouco antes de nos despedirmos, um jovem atravessa a rua e se posta diante de Seu Lunga. Naquele dia, é a quinta pessoa que, sem comprar nada, aparece para tietar o comerciante. O estudante José Amaro veio de Picos, no Piauí. “Tô nervoso. Vim aqui só para tirar foto com o senhor”, diz, esboçando um sorriso amarelo, diante do ídolo. Seu Lunga olha por um instante e tasca: “Cê não tem vergonha, não? Vir de tão longe pra tirar foto com um macho?!?”
FONTE: Playboy
sábado, 24 de setembro de 2011
Nunca uma rede foi tão importante
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quinta-feira, 25 de agosto de 2011
Causos - Reveillón 2009
Esse aconteceu na passagem de ano de 2008 para 2009, eu estava em Buriti - MA, cidade da qual já falei algumas vezes aqui e postei até alguns vídeos.
Era a última noite do ano, em todas as casas as comidas iam sendo feitas, as bebidas sendo colocadas para gelar, e o pessoal já reservando a roupa branca, ou não. Eu e meus amigos de lá fomos para a praça, e depois para a "Piscina", balneário de lá. Fomos à pé, à noite, e a distância é considerável, só pra variar.
Chegando lá, começamos os trabalhos, com montilla. Pessoal bebendo de boa, alguns caindo, outros caindo na própria piscina por acidente (putz rs).
Mas essa parte da festa é o de menos, o que quero mesmo escrever aqui é o modo como cheguei em casa depois: lá pelas tantas da madrugada, estava voltando à pé de novo (pelo menos eu acho) e meu amigo passou de moto e me levou até o centro da cidade. Agora nem lembro se o pneu da moto estava furado desde o balneário ou se furou no centro, mas estava furado.
Daí fui pra casa sozinho, meio cambaleante, e ao chegar lá, porta trancada. Agora não me lembro (de novo) se eu não quis bater para não incomodar os outros ou se já tinha em mente pular o portão da casa vizinha, que é da minha tia. O fato é que fui lá escalar o portão de madeira, que é razoavelmente grande, levando em conta o tamanho dos portões atuais.
Consegui subir. Mííííítico. Mas e pra descer? Aí não teve técnica que ajudasse: tentei pular e me ajeitar na queda, mas me estatelei todo no chão, ainda fiquei alguns segundos criando força pra levantar, e segui rumo ao quintal (não havia separação entre as duas casas pelos fundos), de lá fui para os fundos da outra casa, da minha avó.
Chegando lá, porta da cozinha fechada, felizmente tinha uma redinha lá de cordas, ruim de se deitar, mas dava pro gasto, e já era de manhã mesmo, dia claro, fiquei por lá. Antes que começasse a dormir, aparece minha avó e abre a porta, me vê lá estirado e com cara de bêbado, e nem reclama, só me deixa entrar mesmo. Jovem perdido rs.
Era a última noite do ano, em todas as casas as comidas iam sendo feitas, as bebidas sendo colocadas para gelar, e o pessoal já reservando a roupa branca, ou não. Eu e meus amigos de lá fomos para a praça, e depois para a "Piscina", balneário de lá. Fomos à pé, à noite, e a distância é considerável, só pra variar.
Chegando lá, começamos os trabalhos, com montilla. Pessoal bebendo de boa, alguns caindo, outros caindo na própria piscina por acidente (putz rs).
Mas essa parte da festa é o de menos, o que quero mesmo escrever aqui é o modo como cheguei em casa depois: lá pelas tantas da madrugada, estava voltando à pé de novo (pelo menos eu acho) e meu amigo passou de moto e me levou até o centro da cidade. Agora nem lembro se o pneu da moto estava furado desde o balneário ou se furou no centro, mas estava furado.
Daí fui pra casa sozinho, meio cambaleante, e ao chegar lá, porta trancada. Agora não me lembro (de novo) se eu não quis bater para não incomodar os outros ou se já tinha em mente pular o portão da casa vizinha, que é da minha tia. O fato é que fui lá escalar o portão de madeira, que é razoavelmente grande, levando em conta o tamanho dos portões atuais.
Consegui subir. Mííííítico. Mas e pra descer? Aí não teve técnica que ajudasse: tentei pular e me ajeitar na queda, mas me estatelei todo no chão, ainda fiquei alguns segundos criando força pra levantar, e segui rumo ao quintal (não havia separação entre as duas casas pelos fundos), de lá fui para os fundos da outra casa, da minha avó.
Chegando lá, porta da cozinha fechada, felizmente tinha uma redinha lá de cordas, ruim de se deitar, mas dava pro gasto, e já era de manhã mesmo, dia claro, fiquei por lá. Antes que começasse a dormir, aparece minha avó e abre a porta, me vê lá estirado e com cara de bêbado, e nem reclama, só me deixa entrar mesmo. Jovem perdido rs.
sábado, 16 de julho de 2011
Causos - Pedro II (parte 3)
Parte 1 - A merda no meio da estrada: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/06/causos-pedro-ii-parte-1.html
Parte 2 - Tudo errado mais uma vez: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/07/causos-pedro-ii-parte-2.html
Como já dito no 2º post, o carro teve que ficar nos arredores da praça e nós tivemos que voltar pra casa à pé, novamente. No sábado pela manhã, após polêmicas envolvendo gases acidentalmente liberados durante a noite por algumas pessoas, fomos logo tratando de ir até o carro e tentar ajeitar a bateria, porque aquela situação já estava passando dos limites.
Ao chegarmos onde o carango estava, pegamos a bateria e já estávamos indo com a maior cara de desânimo para a oficina que estava relativamente distante dali. Mas ao dobrarmos a esquina, quase choramos, foi um dos únicos momentos de sorte da viagem: havia uma oficina ali, pertinho, e era até bem mais ajeitada que a primeira. Deixamos a bateria lá carregando e fomos pro centro de Pedro II, encontrar umas amigas do Márcio, Rúbia e Andressa (@pretinha_a).
Como o café foi meio fraco, fomos novamente escapar na padaria, e as meninas foram com a gente, a Rúbia sempre reclamando do calor, da distância, de tudo, e o Gustavo escutando tudo pacientemente, ou não rs. E fomos com as meninas pegar a bateria, mas quando a colocamos no carro de novo, nada dele pegar. E eu já havia prometido que só voltaria pra casa se fosse naquela peste. Deixamos então o carro na oficina, pro cara ajeitar logo tudo de vez e fazer o que tivesse que ser feito. Daí fomos com o pneu furado para uma outra oficina para remendá-lo.
No caminho, revezamento pra levar o borrachudo, e as meninas ainda com a gente, quase não aguentando mais o calor. Mas o furo no pneu era bem grande, e foi preciso comprar uma câmara (cama, ok). Mais dinheiro gasto, menos investimento sobrando para a cachaça. Todos chora. E nesta andança toda ainda sobrava tempo para trocas de gentilezas entre o Márcio e a Rúbia, a Rúbia e o Gustavo, o Márcio e a Andressa, e por aí vai. Clima agradável.
Voltamos com o pneu remendado para o carro, e nesta hora as meninas nos abandonaram. Eu já estava só pensando no almoço, que eu vi sendo feito de manhã, era feijoada. E nós lá, na oficina, enfiando peido em cordão. Mas precisávamos de dinheiro, e fomos à luta: o Márcio conseguiu 90 reais com o frentista de um posto, naquele lance de tirar do débito automático e dar um pouco pro posto e tal, e o Gustavo ligou pro pai dele. Fomos até o Banco do Brasil de Pedro II.
Aí começa a parte mais decadente da história: estávamos nós sujos de tanto mexermos com pneus e peças de carro, com fome, com sede, e andando como mulambos em Pedro II. Deviam ser umas 12 horas, o carro só estaria pronto às 16, e ficamos lá na porta do banco esperando o dinheiro do Gustavo chegar.
Como o dinheiro ainda demoraria um pouco, ficamos rodando um pouco e paramos num bar, porque ninguém é de ferro, e ainda comemos umas bombas por lá. Entre uma golada e outra, ríamos quase desesperadamente da nossa própria desgraça. Detalhe que andávamos pelas ruas com um pacote de CREAM CRACKER E UMA MANGUEIRA, o cosplay de mendigo estava perfeito.
Ficamos nessa decadência até a hora de irmos novamente para a oficina, e, ao chegarmos lá, ainda pudemos ver o mecânico saindo no carro pra testar, e ele ainda demorou um pouco mais que o necessário, já estávamos meio putos, e o Márcio reclamando pro vento. Mas o bom é que o carro estava andando, e poderíamos enfim ir com ele pra casa, do jeito que prometi. Pegamos o carro e fomos pra casa.
Algum leitor deste texto deve estar se perguntando o porquê de o Ed nunca ir com a gente nestas pendengas do carro, explico: é que sempre que o chamávamos, ele fazia uma cara mais ou menos assim:
Ou seja, o desgramado não ia.
Quando chegamos na casa, ficamos sentados no terraço jogando conversa fora, e, se não me engano, bebendo o resto de uma vódega. Só aí lembramos do litro de mangueira que nos acompanhou no trajeto da decadência (e que constribuiu para a sua caracterização), e nos veio o estalo: esquecemos o maldito na calçada da oficina. Momento de tristeza.
Mas, como eu disse, tinha pouca vódega, e logo saímos para comprar mais coisas, e no caminho conhecer algum ponto turístico da cidade, já que o carro não deixou que fizéssemos isso na sexta. O resto do pessoal da casa, tirando o Joseph e o Mário, já havia saído para o Morro do Gritador e Cachoeira do Salto Liso.
Saímos eu, Márcio, Gustavo e Joseph, mas não pudemos visitar nenhum ponto turístico, porque já estava anoitecendo, então voltamos pra casa com as bebidas. Na hora de ir para a praça, fomos no carro, que desta vez não poderia falhar! Ficamos lá bebendo ypioca e vendo os shows. Já no show da Vanessa da Matta, começou uma chuva fininha, que na hora do Validuaté se transformou num toró.
Saímos correndo de lá rumo ao nosso querido bar que havia servido de muro das lamentações horas atrás, o Joseph não saiu correndo por motivos óbvios, e ficou lá sofrendo com as muletas até chegar ao bar. E ficamos lá bebendo cerveja esperando a chuva enfraquecer, mas foi em vão. Como a chuva não parava, o jeito foi o Márcio ir pegar o carro e passar em frente ao bar para nos pegar.
E fomos todos ensopados dentro do carro, e bêbados. No caminho ainda encontramos a perdida @cami_rabelo, toda ensopada também, indo à pé pra casa, e demos carona a ela e a uma amiga dela. Ao chegarmos em casa, rolaram os tradicionais miojões da madrugada, e eu fui dormir logo depois.
No domingo pela manhã, já acordamos arrumando as coisas, eu ainda insistia numa possível ida à cachoeira ou ao morro, mas ninguém se empolgou. Resultado: quase não conhecemos Pedro II, mas ficamos mais familiarizados com as partes internas de um carro. Foi o que eu resumi num tweet: Fomos para Pedro II consertar o carro e voltamos.
Mas a viagem foi legal, mesmo com todas as desgraças que aconteceram. Vale lembrar que, na nossa viagem de volta, ainda tivemos que empurrar o carro mais um bocadinho, depois de paramos pra beber água num posto em Altos.
Chegamos em Teresina mortos, e nos despedimos uns dos outros com palavras gentis: "Vai te fuder, doido! Não quero te ver mais tão cedo!"
Parte 2 - Tudo errado mais uma vez: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/07/causos-pedro-ii-parte-2.html
Como já dito no 2º post, o carro teve que ficar nos arredores da praça e nós tivemos que voltar pra casa à pé, novamente. No sábado pela manhã, após polêmicas envolvendo gases acidentalmente liberados durante a noite por algumas pessoas, fomos logo tratando de ir até o carro e tentar ajeitar a bateria, porque aquela situação já estava passando dos limites.
Ao chegarmos onde o carango estava, pegamos a bateria e já estávamos indo com a maior cara de desânimo para a oficina que estava relativamente distante dali. Mas ao dobrarmos a esquina, quase choramos, foi um dos únicos momentos de sorte da viagem: havia uma oficina ali, pertinho, e era até bem mais ajeitada que a primeira. Deixamos a bateria lá carregando e fomos pro centro de Pedro II, encontrar umas amigas do Márcio, Rúbia e Andressa (@pretinha_a).
Como o café foi meio fraco, fomos novamente escapar na padaria, e as meninas foram com a gente, a Rúbia sempre reclamando do calor, da distância, de tudo, e o Gustavo escutando tudo pacientemente, ou não rs. E fomos com as meninas pegar a bateria, mas quando a colocamos no carro de novo, nada dele pegar. E eu já havia prometido que só voltaria pra casa se fosse naquela peste. Deixamos então o carro na oficina, pro cara ajeitar logo tudo de vez e fazer o que tivesse que ser feito. Daí fomos com o pneu furado para uma outra oficina para remendá-lo.
No caminho, revezamento pra levar o borrachudo, e as meninas ainda com a gente, quase não aguentando mais o calor. Mas o furo no pneu era bem grande, e foi preciso comprar uma câmara (cama, ok). Mais dinheiro gasto, menos investimento sobrando para a cachaça. Todos chora. E nesta andança toda ainda sobrava tempo para trocas de gentilezas entre o Márcio e a Rúbia, a Rúbia e o Gustavo, o Márcio e a Andressa, e por aí vai. Clima agradável.
Voltamos com o pneu remendado para o carro, e nesta hora as meninas nos abandonaram. Eu já estava só pensando no almoço, que eu vi sendo feito de manhã, era feijoada. E nós lá, na oficina, enfiando peido em cordão. Mas precisávamos de dinheiro, e fomos à luta: o Márcio conseguiu 90 reais com o frentista de um posto, naquele lance de tirar do débito automático e dar um pouco pro posto e tal, e o Gustavo ligou pro pai dele. Fomos até o Banco do Brasil de Pedro II.
Aí começa a parte mais decadente da história: estávamos nós sujos de tanto mexermos com pneus e peças de carro, com fome, com sede, e andando como mulambos em Pedro II. Deviam ser umas 12 horas, o carro só estaria pronto às 16, e ficamos lá na porta do banco esperando o dinheiro do Gustavo chegar.
Como o dinheiro ainda demoraria um pouco, ficamos rodando um pouco e paramos num bar, porque ninguém é de ferro, e ainda comemos umas bombas por lá. Entre uma golada e outra, ríamos quase desesperadamente da nossa própria desgraça. Detalhe que andávamos pelas ruas com um pacote de CREAM CRACKER E UMA MANGUEIRA, o cosplay de mendigo estava perfeito.
Ficamos nessa decadência até a hora de irmos novamente para a oficina, e, ao chegarmos lá, ainda pudemos ver o mecânico saindo no carro pra testar, e ele ainda demorou um pouco mais que o necessário, já estávamos meio putos, e o Márcio reclamando pro vento. Mas o bom é que o carro estava andando, e poderíamos enfim ir com ele pra casa, do jeito que prometi. Pegamos o carro e fomos pra casa.
Algum leitor deste texto deve estar se perguntando o porquê de o Ed nunca ir com a gente nestas pendengas do carro, explico: é que sempre que o chamávamos, ele fazia uma cara mais ou menos assim:
Ou seja, o desgramado não ia.
Quando chegamos na casa, ficamos sentados no terraço jogando conversa fora, e, se não me engano, bebendo o resto de uma vódega. Só aí lembramos do litro de mangueira que nos acompanhou no trajeto da decadência (e que constribuiu para a sua caracterização), e nos veio o estalo: esquecemos o maldito na calçada da oficina. Momento de tristeza.
Mas, como eu disse, tinha pouca vódega, e logo saímos para comprar mais coisas, e no caminho conhecer algum ponto turístico da cidade, já que o carro não deixou que fizéssemos isso na sexta. O resto do pessoal da casa, tirando o Joseph e o Mário, já havia saído para o Morro do Gritador e Cachoeira do Salto Liso.
Saímos eu, Márcio, Gustavo e Joseph, mas não pudemos visitar nenhum ponto turístico, porque já estava anoitecendo, então voltamos pra casa com as bebidas. Na hora de ir para a praça, fomos no carro, que desta vez não poderia falhar! Ficamos lá bebendo ypioca e vendo os shows. Já no show da Vanessa da Matta, começou uma chuva fininha, que na hora do Validuaté se transformou num toró.
Saímos correndo de lá rumo ao nosso querido bar que havia servido de muro das lamentações horas atrás, o Joseph não saiu correndo por motivos óbvios, e ficou lá sofrendo com as muletas até chegar ao bar. E ficamos lá bebendo cerveja esperando a chuva enfraquecer, mas foi em vão. Como a chuva não parava, o jeito foi o Márcio ir pegar o carro e passar em frente ao bar para nos pegar.
E fomos todos ensopados dentro do carro, e bêbados. No caminho ainda encontramos a perdida @cami_rabelo, toda ensopada também, indo à pé pra casa, e demos carona a ela e a uma amiga dela. Ao chegarmos em casa, rolaram os tradicionais miojões da madrugada, e eu fui dormir logo depois.
No domingo pela manhã, já acordamos arrumando as coisas, eu ainda insistia numa possível ida à cachoeira ou ao morro, mas ninguém se empolgou. Resultado: quase não conhecemos Pedro II, mas ficamos mais familiarizados com as partes internas de um carro. Foi o que eu resumi num tweet: Fomos para Pedro II consertar o carro e voltamos.
Mas a viagem foi legal, mesmo com todas as desgraças que aconteceram. Vale lembrar que, na nossa viagem de volta, ainda tivemos que empurrar o carro mais um bocadinho, depois de paramos pra beber água num posto em Altos.
Chegamos em Teresina mortos, e nos despedimos uns dos outros com palavras gentis: "Vai te fuder, doido! Não quero te ver mais tão cedo!"
quinta-feira, 14 de julho de 2011
quinta-feira, 7 de julho de 2011
Vaginas Carnívoras - Rey Biannchi
Vaginas CarnÍvoras - Rey Biannchi
As trompas de falópio soaram
anunciando a aberração,
são as vaginas carnívoras,
decepando o pênis de um anão.
Camisinhas blindadas vendidas,
pras bimbinhas,xinbicas e paus,
xerecas raivosas mordendo,
arrancando testículos maus.
Vaginas, carnívoras (2x)
No jardim das vulvas sagradas,
a clitóris, erectus na mão,
espermatozóides pernetas pulavam,
das rolas preguiçosas no chão.
Pênis japoneses gigantes,
decepados por xinbicas canibais.
Diabólicas, lésbicas línguas,
e grelos falantes anormais.
Vaginas, carnívoras (2x)
terça-feira, 5 de julho de 2011
Causos - Pedro II (parte 2)
Parte 1 - A merda no meio da estrada: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/06/causos-pedro-ii-parte-1.html
Depois de toda a agonia da viagem, finalmente estávamos em Pedro II, e como já disse no primeiro post, já tínhamos ido para a casa onde ficaríamos, tomado banho, pegado as bebidas, e fomos para a praça. Lá chegando, começamos a beber, e o Gustavo começou a passar mal. Veio nos pedir ajuda:
Depois de toda a agonia da viagem, finalmente estávamos em Pedro II, e como já disse no primeiro post, já tínhamos ido para a casa onde ficaríamos, tomado banho, pegado as bebidas, e fomos para a praça. Lá chegando, começamos a beber, e o Gustavo começou a passar mal. Veio nos pedir ajuda:
- Jhon, mede aqui minha pressão - ele disse estendendo a mão. Eu não ouvi direito:
- Pega, pow - eu, oferecendo um copo de cachaça a ele.
Desistiu de me pedir ajuda e foi até o Márcio:Desistiu de pedir ajuda e arrastou logo o Márcio pra acompanhar ele, foi até uma esquina perto da praça e começou a vomitar (momentos sujos não serão poupados). Uma menina que estava perto ainda ficou curtindo, morrendo de mangar. Maldade.
- Márcio, tô passando mal.
E o Márcio, outro que estava entendendo tudo direito, disse fazendo sinal de positivo:
- Beleza, cara!
Ainda ficamos um pouco na praça e depois fomos pra casa, chegamos lá com as pernas "só as tira", e eu e o Ed ainda teríamos que dormir no chão, porque não achamos ninguém que tivesse bomba pra encher nossos colchões. O Márcio e o Gustavo dormiram no carro mesmo. Haja sofrimento.
Observação importante: nossa alimentação era à base de bombas e nissins, mas cerveja também nutre.
Pois bem, dormimos no chão, ou quase isso, porque tivemos que apreciar a Orquestra Filarmônica do Ronco Pedrosegundense. Os caras da casa, pessoal da banda Sapucaia, roncavam como se não houvesse amanhã, e o Ed passou o outro dia inteiro reclamando, sendo que o infeliz também ronca. Enfim, o sono foi ruim, mas havia chegado a hora das coisas se ajeitarem, porque de azar nós já estávamos cheios.
O problema é que logo pela manhã já fomos obrigados a ver uma cena da mais alta tosquice: Joseph (@Ze_orlando_jr), vulgo Zé Orlando, mais conhecido como Magal, com a alcunha de Pistoleiro do Amor, foi obrigado pelo Cleyton (@cleytonsouusa) a tomar banho, mas como ele tava com preguiça e não podia andar direito por causa da cirurgia no joelho, acabou tomando mangueirada (ops) ali no terraço mesmo. Com direito a um blues em sua homenagem feito pelo Mário (@lacorrosivo).
Chegou a hora do almoço, o Cleyton organizou uma vaquinha que salvou vidas e curou ressacas, e comemos dignamente um cozido lá feito pela Tia, dona da casa, que depois de passar pelas mãos de Joseph, virou Dona Tia.
Chegou a tarde, e aí era hora de COMEÇAR OS TRABALHOS. Começamos a beber meio de leve, mas depois de colocarmos Velhas Virgens e Matanza pra tocar, a coisa ficou pesada. Detalhe que o Márcio foi lavar o carro e colocou o som alto, e nós ficamos lá sorrindo da provável cara de espanto dos vizinhos ao ouvirem coisas como "Eu quero esse seu buraquinho da parte de trás".
Quando estávamos bebendo, eu e o Ed lembramos de sair à procura da bomba pra encher nossos colchões, e fomos até o carro. Só que o carro novamente não pegou de primeira, e fomos novamente empurrá-lo, eu no volante. Mas...
Empurraram pra frente, não deu certo, e deram a idéia de colocar o carro pra pegar de ré, lá fomos nós: começaram a empurrar, e eu sem conseguir engatar a marcha (o infeliz do Márcio disse que era só colocar pra trás, como num FIAT, mas não era). Resultado: eu não consegui engatar a marcha, não estava prestando muita atenção à direção do carro, e ele acabou indo pro meio-fio. POF. Pneu furado, mãos na cabeça, tristeza de novo, puta que pariu!
Trocamos o pneu, com o Márcio morto de bêbado tentando ajudar (atrapalhando), mal se segurando em pé. Depois fomos eu e o Ed a pé procurar a merda da bomba, e o Márcio nos acompanhando, ou quase isso, porque ia o tempo todo atrás, cambaleando, e passando vergonha na frente dos moradores que estavam nas portas das casas. Pegamos a maldita lá no colégio onde o pessoal de Turismo da UESPI estava hospedado e enchemos os colchões, não antes de fazermos uma caminhada desgastante e desnecessária por Pedro II. Vale lembrar que estávamos com uma ypioca nas mãos, tentando trocar por uma vódega ou outra coisa.
Voltamos para a casa e continuamos a beber. Se não me engano, foram detonadas uma mangueira, uma ypioca tradicional, uma ypioca red fruits, uma vódega, um martini, e o resto eu não lembro, mas quem realmente não lembra é o Márcio, que a essa altura do campeonato já estava vomitando no quintal, e depois foi trazido pra ficar deitado numa rede do terraço.
Na hora do jantar, comi um resto do almoço, e fiz um nissim pra complementar. Aliás, todos escaparam no velho miojo. Ficamos esperando até a hora do show, eu deitado descansando um pouco, e o resto do pessoal da casa ainda bebendo. Até que chegou a hora de ir pra praça, o Márcio já estava acordado e pronto, contrariando todas as expectativas. Resolvemos ir de carro, para levar o Joseph, e veio o mesmo lenga-lenga: "Tem que empurrar!". Empurramos e o maldito pegou.
Era a sexta-feira, dia em que Nando Reis tocaria. Chegamos à praça e já fomos logo recomeçando os trabalhos, mas eu nem estava muito disposto. O resultado é que nem curti tanto o show, não pela música, mas pelo meu estado, estava com uma gastura. Nem demoramos muito na praça, fomos embora relativamente cedo. Fomos até o Joseph pra levá-lo pra casa, e seguimos rumo ao carro. Chegando na rua onde ele estava, eu, Gustavo e Márcio tentamos colocá-lo pra pegar. Mas...
O carro não acendia nada, assim como na estrada, foram algumas tentativas em vão e nada do carango pegar, e então começou a peregrinação: fomos avisar ao Joseph que o carro não estava pegando, e depois seguimos à pé para a avenida principal, até a ponte, tentando achar uma oficina. Mas eram 2 horas da manhã, claro que acharíamos uma aberta... Voltamos para a praça e ficamos lá tentando arranjar um moto-táxi para o Joseph.
Não conseguimos, e ele começou a xingar todos os moto-taxistas de Pedro II: "Tomar no cu, doido! Se fuder, doido! Bandiporra! Nunca caí de moto, doido!". Até que conseguimos achar um que aceitasse levá-lo (nenhum queria levar um cara bêbado, gordo e com o joelho operado na moto). Finalmente podíamos ir pra casa, o Gustavo e o Márcio pegaram as coisas que estavam no carro e fomos novamente à pé, deixando o carango lá perto da praça. E nesta noite foi a vez do Márcio e do Gustavo dormirem no chão quentinho e confortável da casa.
Parte 3: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/07/causos-pedro-ii-parte-3.html
segunda-feira, 4 de julho de 2011
Poema do gordo
Só peço uma coisa:
Deixem-nos em paz
Eu e meus quilos a mais
Jônatas Freitas
sexta-feira, 1 de julho de 2011
João Cláudio Moreno no Programa do Jô (30/06/11)
E sua entrevista ao Programa Pânico:
quarta-feira, 29 de junho de 2011
Causos - Pedro II (parte 1)
Saímos meio atrasados, lá pelas 5 da tarde, porque estávamos procurando bebidas por Teresina, mas era feriado e tudo estava fechado. Estávamos no carro eu (@jfs_01), Márcio (@mdrocknroll), Gustavo (@ycaro_gusta) e Ed (ED_Sobral), ouvindo Velhas Virgens, Bêbados Habilidosos e afins, e indo rumo a Pedro II para curtir o Festival de Inverno da cidade, para o qual nenhum dos 4 havia ido antes.
Estávamos já na estrada, levando as poucas bebidas que tínhamos guardadas em casa, o meu violão, as bolachas, os nissins, e uma grande vontade de pirar muito por lá. E começamos os trabalhos logo: em Campo Maior tratamos de comprar mais bebidas e já estávamos bebendo dentro do carro, menos o Márcio, que já estava tendo convulsões ao nos ver bebendo.
Já tínhamos passado de Campo Maior, e estávamos perto de Cocal de Telha. Mas o carro, que já dava sinais de desgaste da bateria (tivemos que empurrá-lo em Campo Maior), começou a ficar com as luzes fracas, o som desligou, o farol apagou, e o carro morreu, isso bem no meio da estrada, e já era noite.
O que fazer? Empurrar de novo, claro! Tentamos, tentamos, morremos, mas o problema é que nenhuma luz do carro acendia, ou seja, não pegaria nem no tranco. E ficamos ali, perdidos, com medo de que algum carro nos atingisse, afinal NENHUMA LUZ ACENDIA, mas pelo menos a estrada tinha um bom acostamento.
Eu, que já tinha tomado algumas, estava custando a acreditar naquela situação, parecia surreal. Mas parados nós não podíamos ficar, e começamos a empurrar o carro. Detalhe: era uma leve subida, o que reforçava o sentimento de "PUTA QUE PARIU, DOIDO!". E nós empurramos, empurramos muito, ficamos mais de meia-hora naquela situação, e eu, na minha condição de atleta (sumô) já estava morto. O Márcio, que já estava doido pra beber, pedia pra que a gente parasse e começasse a beber ali mesmo. A ideia até que não era tão ruim, mas nós precisávamos chegar em Pedro II.
O que nos motivou a ainda continuar empurrando foi um homem que passou de bicicleta e disse que a próxima cidade estava bem próxima. O Gustavo dizia que empurraria até o fim da subida, crente que depois seria uma descida. E continuamos empurrando, eu parando quase o tempo todo.
Até que um caminhão que passou por nós parou ao longe, e começamos a empurrar mais. Aliás, eu não empurrava, já estava no banco do motorista, morto de cansado. Nos aproximávamos cada vez mais do caminhão, e já pensávamos que estávamos andando muito, mas era o caminhão que tava vindo de ré. Os dois caras do caminhão pararam e foram até nós, ofereceram ajuda e tal, e tentaram mais uma vez colocar o carro pra pegar, mas desta vez puxado por uma corda amarrada ao caminhão. Não deu certo. Então foi o jeito ele nos puxar de vez, e fomos com ele até Cocal de Telha, que de fato não estava tão longe, mas se fôssemos empurrando demoraríamos pelo menos mais 1 hora e meia pra chegar.
Chegando em Cocal de Telha paramos numa oficina e levamos um belo "balão", a bateria foi posta pra carregar e o cara disse que o defeito era no alternador, e lá fomos nós gastar 80 reais em um usado que ele tinha e depois de esperar mais tempo (já eram umas 9 da noite) para finalmente podermos sair de novo. Tudo ajeitado, carro funcionando de novo, vamos a Pedro II!
No caminho ficamos até com medo de ligar o som novamente, mas ligamos e bebemos! A viagem seguiu em diante sem preocupações. E finalmente chegamos na cidade, cansados, suados, mas chegamos. Já era tarde e os shows na praça já haviam inclusive começado, mas nós precisávamos da chave da casa onde ficaríamos para ir lá, tomar banho e voltar para a praça. E já na cidade, a procurar pelos caras que ficariam na casa com a gente, o carro morre de novo, mas, desta vez ainda pegava no empurrão. E conseguimos chegar na casa, fizemos o que tínhamos que fazer: banhar, comer e pegar as bebidas no carro. Voltamos para a praça, mas desta vez sem o carro, porque tudo tem limite.
Esta é só a parte 1
Parte 2: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/07/causos-pedro-ii-parte-2.html
Parte 3: http://bobicediaria.blogspot.com/2011/07/causos-pedro-ii-parte-3.html
segunda-feira, 20 de junho de 2011
Existem razões para acreditar. Ou não
sexta-feira, 17 de junho de 2011
Haikai 1
Enfrentar as adversidades da vida
Comer Ruffles
Com a língua ferida
Jônatas Freitas
terça-feira, 14 de junho de 2011
Das maracutaias do futebol brasileiro...
No jornalismo nós aprendemos que devemos desconfiar de tudo, e a perceber tudo o que há por trás de uma matéria, uma foto, uma reportagem, uma entrevista. A reportagem deste vídeo é feita pela Record, concorrente da Rede Globo, e esta, por sua vez, aliada a Ricardo Teixeira e Andrés Sanchez.
Por conta disto, a Record teria motivação extra para investigar a fundo o caso do estádio do Corinthians e fazer uma reportagem como esta, de 15 minutos, e deve ter outras motivações, porque nem o diabo sabe quantas maracutaias estão por trás do futebol brasileiro e das empresas de comunicação.
Mas o fato é que, mesmo com tudo isso, o que é mostrado na reportagem é bem sério e deve ser mais investigado, porque o caso não é de hoje, e todo mundo desconfia das mutretas em volta do presidente do Corinthians. Inclusive este que vos fala já escreveu sobre ele: http://migre.me/53BGF.
Por conta disto, a Record teria motivação extra para investigar a fundo o caso do estádio do Corinthians e fazer uma reportagem como esta, de 15 minutos, e deve ter outras motivações, porque nem o diabo sabe quantas maracutaias estão por trás do futebol brasileiro e das empresas de comunicação.
Mas o fato é que, mesmo com tudo isso, o que é mostrado na reportagem é bem sério e deve ser mais investigado, porque o caso não é de hoje, e todo mundo desconfia das mutretas em volta do presidente do Corinthians. Inclusive este que vos fala já escreveu sobre ele: http://migre.me/53BGF.
Marcadores:
Brasil,
comunicação,
este post não é bobo,
futebol
terça-feira, 24 de maio de 2011
Causos - Motor de arranque
Essa aconteceu quando eu estava na Bahia passando as férias, era janeiro de 2009. Estávamos na praia eu, minha mãe, minha tia, meu primo, minha irmã e minha avó e, como sempre nas praias, vários vendedores passando.
Dentre os vendedores, uma mulher chamou nossa atenção. Ela passava com sua cestinha coberta e gritava: "Olha o motor de arraaaaanque! Olha o motor de arraaaaaanque!". Todos nós ficamos curiosos, mas não perguntamos nada, e ficamos só entre nós discutindo O QUE DIABOS seria o tal motor de arranque.
Só que a mulher passou mais uma, mais duas vezes, e não aguentamos. Gritamos por ela e ela veio até nós, e minha tia perguntou o que era o motor de arranque que ela estava vendendo. E foi aí que ela nos falou o que tinha dentro da cesta: AMENDOIM.
Dentre os vendedores, uma mulher chamou nossa atenção. Ela passava com sua cestinha coberta e gritava: "Olha o motor de arraaaaanque! Olha o motor de arraaaaaanque!". Todos nós ficamos curiosos, mas não perguntamos nada, e ficamos só entre nós discutindo O QUE DIABOS seria o tal motor de arranque.
Só que a mulher passou mais uma, mais duas vezes, e não aguentamos. Gritamos por ela e ela veio até nós, e minha tia perguntou o que era o motor de arranque que ela estava vendendo. E foi aí que ela nos falou o que tinha dentro da cesta: AMENDOIM.
¬¬'
Causos - Vódega é o poder!
Minha mãe está passando uns dias em Teresina, e neste tempo está aproveitando pra "cuidar de mim", ou seja, me obrigar a fazer coisas que por preguiça eu não faria sozinho, como ir ao dentista...
E hoje ela me obrigou a acordar às 6 da manhã, marcou pra que eu fosse o primeiro (pra quê essa agonia toda??), e lá fui eu fazer cosplay de zumbi no centro. E ao chegar no consultório do doutor, este começa a puxar conversa, como é comum a quase todo dentista. O pior de tudo é que eles às vezes conversam com as ajudantes e ficam sorrindo, e o paciente fica lá sentado, morrendo de medo de ter a gengiva perfurada pela broca por uma distração do cara.
Conversa vai, conversa vem, minha mãe disse a ele que um homem que bebe vódega (vodka, pros menos íntimos) não pode fugir do dentista e nem ficar com medo na hora, aí ele pegou o assunto e começou também a falar de vódega, dizendo que os jovens de hoje nem querem mais cerveja, só querem vodka e cachaça.
E foi aí que ele contou a história do aniversário de 15 anos da filha dele, que é estudante do Dom Barreto. Comprou 80 grades de cerveja para a festa, mas a própria filha pediu pra que ele comprasse vódega, pois caso contrário nenhum dos meninos ficaria na festa. Então ele comprou 15 litros do néctar. E para a surpresa dele, foi a primeira coisa que acabou, e em pouquíssimo tempo (pessoal não brinca em serviço!). Ele também havia comprado, além das 80 caixas de cerveja, nas quais os meninos só TRISCARAM, 6 mil reais em comida, e nesta foi que ninguém triscou mesmo.
Um dos meninos que estava na festa, após umas doses e outras, já estava ALTO, mal conseguia ficar de pé, e ligaram pro pai dele ir buscá-lo. E o dentista disse que, ao ver o pai do menino, ficou todo envergonhado, e disse: "Olha, me desculpa, eu sei que é uma festa cheia de menores, mas minha filha pediu para que eu comprasse bebidas e tal...", foi aí que o pai do menino, que era médico, tratou logo de despreocupar o pai da aniversariante: "Não, esse irresponsável chega assim toda semana em casa, já é costume pegar ele assim na porta..."
Aprendam a beber vódega, deabos!
E hoje ela me obrigou a acordar às 6 da manhã, marcou pra que eu fosse o primeiro (pra quê essa agonia toda??), e lá fui eu fazer cosplay de zumbi no centro. E ao chegar no consultório do doutor, este começa a puxar conversa, como é comum a quase todo dentista. O pior de tudo é que eles às vezes conversam com as ajudantes e ficam sorrindo, e o paciente fica lá sentado, morrendo de medo de ter a gengiva perfurada pela broca por uma distração do cara.
Conversa vai, conversa vem, minha mãe disse a ele que um homem que bebe vódega (vodka, pros menos íntimos) não pode fugir do dentista e nem ficar com medo na hora, aí ele pegou o assunto e começou também a falar de vódega, dizendo que os jovens de hoje nem querem mais cerveja, só querem vodka e cachaça.
E foi aí que ele contou a história do aniversário de 15 anos da filha dele, que é estudante do Dom Barreto. Comprou 80 grades de cerveja para a festa, mas a própria filha pediu pra que ele comprasse vódega, pois caso contrário nenhum dos meninos ficaria na festa. Então ele comprou 15 litros do néctar. E para a surpresa dele, foi a primeira coisa que acabou, e em pouquíssimo tempo (pessoal não brinca em serviço!). Ele também havia comprado, além das 80 caixas de cerveja, nas quais os meninos só TRISCARAM, 6 mil reais em comida, e nesta foi que ninguém triscou mesmo.
Um dos meninos que estava na festa, após umas doses e outras, já estava ALTO, mal conseguia ficar de pé, e ligaram pro pai dele ir buscá-lo. E o dentista disse que, ao ver o pai do menino, ficou todo envergonhado, e disse: "Olha, me desculpa, eu sei que é uma festa cheia de menores, mas minha filha pediu para que eu comprasse bebidas e tal...", foi aí que o pai do menino, que era médico, tratou logo de despreocupar o pai da aniversariante: "Não, esse irresponsável chega assim toda semana em casa, já é costume pegar ele assim na porta..."
Aprendam a beber vódega, deabos!
quinta-feira, 19 de maio de 2011
Causos - Claro que ela quer transar!
Sabe aquelas teorias de mesa de bar, que às vezes até fazem sentido - principalmente se são ditas depois da primeira hora de bebedeira -, mas que também podem ser meio esdrúxulas, e até embaraçosas? Pois é...
E essa é a de um amigo do meu primo: ele disse que se uma mulher te adiciona no orkut, É PORQUE ELA QUER TRANSAR CONTIGO.
Do jeito que o orkut tá abandonado, dá até pra mudar pelo facebook aí na teoria dele, mas... WTF??
E essa é a de um amigo do meu primo: ele disse que se uma mulher te adiciona no orkut, É PORQUE ELA QUER TRANSAR CONTIGO.
Do jeito que o orkut tá abandonado, dá até pra mudar pelo facebook aí na teoria dele, mas... WTF??
Desmoralize um filho da puta
Com todo o respeito aos filhos das meretrizes
CHUPA, FELADAPUTA!
Pois bem, estava eu na sinuca jogando um pouco, e vem este cara afobado, que no começo ficou apressado porque eu estava demorando a jogar, e começou a frescar...
Mas, em vez de responder (Biro-Biro é o cacete!), eu pensei em dar o troco na sinuca, e ele ainda veio querendo apostar mais, queria que o jogo valesse 6 fichas, recusei. Isso é coisa de quem fica querendo se aproveitar do pessoal que tá começando. Se quer apostar mais de 5 fichas, seleciona logo no começo do jogo, ora! Como eu recusei, ele me xingou de novo, maaaas como vocês mesmos podem ver pelo placar final...
O desgramado nem ficou até o final, se desconectou antes.
Mas, em vez de responder (Biro-Biro é o cacete!), eu pensei em dar o troco na sinuca, e ele ainda veio querendo apostar mais, queria que o jogo valesse 6 fichas, recusei. Isso é coisa de quem fica querendo se aproveitar do pessoal que tá começando. Se quer apostar mais de 5 fichas, seleciona logo no começo do jogo, ora! Como eu recusei, ele me xingou de novo, maaaas como vocês mesmos podem ver pelo placar final...
O desgramado nem ficou até o final, se desconectou antes.
CHUPA, FELADAPUTA!
quinta-feira, 5 de maio de 2011
Mensagem aos times eliminados na Libertadores
Quatro times brasileiros foram eliminados da Copa Libertadores na noite desta quarta-feira (04). Os torcedores de Internacional e Grêmio, a dupla gaúcha, se despediram abraçados, mas as grandes vergonhas da noite ficaram por conta de Cruzeiro e Fluminense, o Cruzeiro porque era um dos favoritos, com uma campanha excelente na 1ª fase, e o Fluminense porque já havia construído uma boa vantagem no 1º jogo das oitavas-de-finais.
Eu, como bom são-paulino que sou, só tenho uma coisa a dizer:
imagem do @saopaulinos
Som retirado do vídeo: http://www.youtube.com/watch?v=Nq0GP4yQup4
domingo, 10 de abril de 2011
segunda-feira, 28 de março de 2011
Goleiro míííítico!
Para relembrar meus tempos de goleiro:
Confira mais vídeos do Zé Graça: http://www.youtube.com/user/zegraca3
Confira mais vídeos do Zé Graça: http://www.youtube.com/user/zegraca3
domingo, 27 de março de 2011
100 gols de Rogério Ceni!
(foto: globo.com)
Não tenho palavras.
E hoje, dia 27 de março de 2011:
Da arquibanda:
segunda-feira, 21 de março de 2011
Milton Neves sendo trollado
o maior troll do jornalismo brasileiro sendo trollado por um garoto de 17 anos hahahahahahahaha
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quarta-feira, 16 de março de 2011
Versos Caetânicos - Rey Biannchi
Homenagem ao blog da Maria Bethânia
E aqui um link para a música cantada com a letra original: http://www.youtube.com/watch?v=eGge5FSjpGE
Financia o Bobice Diária aí também, é nóis!
E aqui um link para a música cantada com a letra original: http://www.youtube.com/watch?v=eGge5FSjpGE
Financia o Bobice Diária aí também, é nóis!
segunda-feira, 14 de março de 2011
quinta-feira, 10 de março de 2011
What The Fuck Is This?
Dica do @lacorrosivo
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sexta-feira, 4 de março de 2011
Dança do Acasalamento
Perguntaram o que eu achava deste vídeo, eu disse que a cena se assemelhava a cachorros cruzando no meio da rua. Mas acreditem, numa viagem que fiz à Bahia, conheci uma rua lá em que a esculhambação era bem maior, juro.
quarta-feira, 2 de março de 2011
segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011
quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011
Cambalhotas de Daniel Bomba
Durante a vitória do Palmeiras diante do Comercial nesta quarta (23), quem roubou a cena foi uma figura já conhecida dos piauienses: Daniel Bomba, massagista que sempre dá as caras nos jogos realizados no Albertão. Ao ser questionado por um repórter da Globo sobre o porquê do apelido "bomba", ele respondeu que é devido à sua explosão e velocidade. Confira os vídeos:
Fonte dos vídeos: Globo.com
terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
domingo, 13 de fevereiro de 2011
Cê tá rindo, né, filho da mãe?
E O CABELO DESTE BLOGUEIRO QUE VOS FALA TAMBÉM É TCHULAAAAAAAAAI
hahahahahahaha
hahahahahahaha
segunda-feira, 24 de janeiro de 2011
Das coisas que não entendo - Poxa, Deus!
Não sei de onde esta história veio, mas chegou aos ouvidos da minha mãe que eu sou ateu. Gente, não sou ateu. Não rezo, não vou à igreja, não gosto de religião alguma, às vezes fico até enojado, mas não sou ateu. Mas também não acredito, digamos que eu nunca vá conseguir me livrar da dúvida.
Porém também não há motivos pra alguém se importar com isso, não tenho nem 20 anos, com o tempo eu poderei deixar completamente de crer em qualquer coisa não física, ou acreditarei com mais força. Enfim... não foi para falar da minha crença que fiz este post, foi para contar uma história que minha mãe me contou, e que eu resumi:
Uma moça ia sair num carro com seus amigos, sua mãe lhe disse para ter cuidado, e disse: "Vá com Deus, minha filha", e a garota lhe respondeu: "Só se ele for no porta-malas, mãe, porque aqui tá lotado!", e dizendo isto, partiu.
Um tempo depois, vem a notícia de que o carro havia capotado e batido, e que todos os 5 integrantes do veículo haviam morrido, mas que surpreendentemente duas cartelas de ovos que estavam no porta-malas estavam intactas, nenhum ovo quebrado.
Moral: ¬¬
Minha mãe me falou esta história para me dizer que devemos crer em Deus e agradecer todos os dias e tal e tal e tal. Mas o que ficou na minha cabeça foi só um pensamento: MAS QUE PUTA DEUS NARCISISTA, HEIN? Matar 5 pessoas e deixar 72 ovos intactos por um mero capricho... Tinha um jeito menos doloroso para se mostrar não?
Eu só me incomodo às vezes porque as pessoas ficam com uma síndrome de marionete: se acontece algo bom, foi Deus, se não aconteceu ainda, Deus proverá, e se fudeu de vez, é porque Deus não quis, ele fechou a porta mas vai abrir uma janela...
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